
Desde o anúncio do novo projeto “Deuses e Monstros” pela DC Studios, liderado por James Gunn e Peter Safran, ficou evidente que os Kryptonianos desempenharão um papel central no novo Universo DC. Com a estreia de Superman, o público tem a oportunidade de conhecer David Corenswet interpretando um Clark Kent carismático e envolvente, que promete ser o coração do novo franchise. O filme, repleto de cores, bondade e compaixão, estabelece um novo universo com uma vasta gama de personagens, aventuras e vilões. No entanto, ao final do filme, somos surpreendidos por uma nova personagem que será fundamental para o futuro da narrativa.
Na verdade, Clark não é o único sobrevivente da destruição de seu planeta natal. Nos momentos finais do filme, conhecemos uma parente de Clark, que será a protagonista do próximo filme Supergirl.
A nova Supergirl, interpretada por Milly Alcock, tem uma apresentação impactante. Enquanto Clark está no seu refúgio na Fortaleza da Solidão se recuperando, Kara Zor-El cai dramaticamente em busca de seu cachorro de estimação, Krypto. Este momento se conecta com uma menção anterior do Superman sobre ter cuidado do icônico Super Pet enquanto sua prima se divertia em outros planetas. Contudo, essa nova versão de Kara pode surpreender aqueles que conhecem a Supergirl clássica dos quadrinhos ou da série da CW.
Essa nova Kara não é a inocente e bem-comportada que muitos conhecem. Em vez disso, ela se mostra sarcástica e um tanto rebelde, fazendo comentários atrevidos e até chamando Clark de “bitch” enquanto agradece por cuidar de Krypto. Ao dialogar com o robô Superman 4, conhecido como Gary, e Clark, ela revela um estilo de vida pouco saudável. Sua rápida saída com Krypto dá uma ideia do que está por vir na nova fase do DCU.
O filme Superman, que inicialmente seria chamado de Superman: Legacy, e o filme Supergirl, antes conhecido como Supergirl: Woman of Tomorrow, tiveram seus títulos encurtados por Gunn. A versão de Kara apresentada em Superman é inspirada na série limitada de quadrinhos de 2021, onde a protagonista é uma Kara bem diferente da que muitos conhecem. Apesar de aparecer brevemente, seu papel é significativo para a construção do personagem que veremos no futuro.
Durante um evento, Gunn apresentou essa Kara como “muito mais forte e diferente da Supergirl que estamos acostumados”. Nos quadrinhos que inspiram essa interpretação, Kara é uma jovem de 21 anos que viaja por planetas com sóis vermelhos para beber. Sua história é marcada pela dor e pela necessidade de lidar com as perdas que experimentou ao longo da vida, incluindo a destruição de seu planeta. A trama envolve Kara ajudando uma jovem chamada Ruthye a vingar a morte de seu pai.
A proposta para o filme se destaca por seu enredo inovador, misturando elementos de faroeste e ficção científica, enquanto explora a amizade entre Kara e Ruthye em busca de justiça. A interação entre Clark, sempre o herói “bonzinho”, e a nova Supergirl, que tem um lado mais sombrio, revela contrastes no universo DC que podem ser profundamente explorados.
O filme não se limita apenas aos protagonistas, trazendo também personagens como Lois Lane, interpretada por Rachel Brosnahan, e Lex Luthor, vivido por Nicholas Holt. A nova abordagem busca atualizar e diversificar a representação de figuras conhecidas, trazendo nuances que tornam Kara uma personagem mais realista e complexa. Essa Supergirl pode ajudar a explorar temas que sempre foram abordados nos quadrinhos, mas pouco representados nas telonas.
Ao longo da história de Kara, seu trauma e desafios têm sido temas recorrentes, e a próxima produção pode finalmente oferecer uma representação mais fiel e detalhada de sua luta como heroína. O filme Supergirl tem potencial para abordar essas questões de uma forma que conecte o público à sua jornada.
Para aqueles que desejam se aprofundar no universo da Supergirl enquanto aguardam o filme, a série de quadrinhos atual, escrita por Sophie Campbell, apresenta uma versão renovada de Kara, que também está na faixa dos 21 anos. Essa continuidade em sua idade pode criar uma sinergia com a nova narrativa da DC.
Ao trazer uma Supergirl com um perfil mais ousado e realista, os criadores demonstram um desejo de conectar-se com um público mais jovem, interessado em representações que fogem aos padrões tradicionais. Essa abordagem promete revitalizar a imagem da heroína, permitindo que ela se estabeleça de maneira significativa no novo DCU.