
Na sexta-feira, 11 de agosto, autoridades da República Dominicana comunicaram que, até o momento, quatro pessoas morreram em um naufrágio de uma lancha que transportava migrantes rumo a Porto Rico. Durante a operação de resgate, 17 pessoas foram encontradas com vida, mas ainda há registros de desaparecidos.
De acordo com a Defesa Civil, os sobreviventes incluem tanto cidadãos dominicanos quanto haitianos. Os relatos indicam que cerca de 50 pessoas estavam a bordo no momento do acidente. Até agora, foram recuperados os corpos de uma mulher e três homens.
As embarcações envolvidas neste tipo de travessia são chamadas de yolas. Tradicionalmente, essas lanchas são utilizadas para a pesca, mas muitas vezes são adaptadas para transportar migrantes ilegalmente em busca de uma vida melhor em Porto Rico, que é um território associado aos Estados Unidos. Embora essas embarcações possam acomodar até 100 pessoas, elas apresentam sérios riscos.
Atualmente, quatro sobreviventes estão internados no Hospital Municipal de Verón, localizado em Punta Cana. O subdiretor da unidade, Joel Martínez, informou que entre os resgatados estão um adolescente de 15 anos e oito cidadãos haitianos.
A Marinha Dominicana declarou que a lancha estava tentando realizar uma travessia ilegal para Porto Rico e que o naufrágio ocorreu nas proximidades da costa de Juanillo, na província de La Altagracia, no leste da ilha. A rota, que liga a República Dominicana a Porto Rico, mede aproximadamente 130 quilômetros e, mesmo sendo perigosa, é frequentemente usada por migrantes em busca de melhores condições de vida.
Esse fenômeno de migração ilegal na região é um problema recorrente ao longo das últimas décadas. A maioria das yolas é construída de madeira ou fibra de vidro e não atende a normas básicas de segurança. Apesar dos riscos envolvidos, uma viagem clandestina para Porto Rico pode custar mais de 7 mil dólares, conforme relatado pela imprensa local.