O novo papa, Leão XIV, assumiu seu cargo na última quinta-feira (08/05) e, agora, começa os procedimentos para se tornar a autoridade máxima da Igreja Católica.
Em 8 de maio, a Igreja Católica anunciou Robert Prevost como o novo líder espiritual da instituição, que agora passa a ser conhecido como Papa Leão XIV. A escolha surpreendeu muitos fiéis e observadores ao redor do mundo, especialmente por ele ser o primeiro papa nascido nos Estados Unidos.
Sua eleição ocorreu após o conclave iniciado no dia anterior, marcando uma transição importante após a morte de Francisco, que liderou a Igreja por 12 anos. A nomeação de Prevost reforça uma linha de continuidade com o pontificado anterior, mantendo uma abordagem progressista e reformista.
Além disso, o novo pontífice herda não apenas a liderança da fé católica global, mas também grandes expectativas em torno de suas posições e decisões futuras, diante de um cenário religioso e político complexo que ainda influencia o mundo todo.

Neste artigo, você confere:
Quanto o novo papa vai receber de salário?
Com a posse de Robert Prevost como novo pontífice, surgiu também o questionamento sobre os benefícios concedidos ao cargo. Segundo a agência italiana Ansa, o salário mensal do Papa Leão XIV será de 2,5 mil euros, o que equivale a aproximadamente R$ 16,1 mil.
Esse valor segue o mesmo padrão que foi oferecido ao seu antecessor, o papa Francisco, no início de seu pontificado em 2013. A remuneração, embora modesta em comparação a altos cargos de lideranças mundiais, inclui moradia no Vaticano, segurança, alimentação e demais necessidades básicas.
Esse valor também reflete a proposta de vida simples que tem marcado os papas dos últimos anos, especialmente desde o pontificado de Francisco. A quantia, portanto, representa mais uma formalidade simbólica do que uma renda ativa de uso pessoal.
Cabe ao novo papa decidir se aceitará ou não receber esse valor mensalmente, o que dependerá de seu estilo de vida e prioridades no exercício do cargo. Independentemente disso, o Vaticano oferece toda a estrutura necessária para que o pontífice desempenhe suas funções sem preocupações financeiras.
Mesmo com o valor estabelecido, o salário papal não é tratado como um rendimento público comum. Ele faz parte de um sistema fechado e próprio da administração do Vaticano, que lida com finanças de forma sigilosa, apenas para manutenção das necessidades do pontífice.
Assim, é difícil afirmar com precisão como esses recursos são utilizados individualmente, já que não há divulgação oficial detalhada. No entanto, essa remuneração já serviu como referência simbólica em debates sobre a simplicidade no clero e a relação da Igreja com bens materiais.
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Papa Francisco faleceu com apenas US$ 100 na conta
Um dado que chamou atenção nas redes sociais após a morte de Francisco foi a informação de que ele teria deixado apenas US$ 100 de patrimônio pessoal. Apesar de não haver confirmação oficial do Vaticano, a notícia viralizou e reforçou a imagem do papa como alguém desapegado de bens materiais.
Segundo o porta-voz da Santa Sé, não existem registros públicos sobre o patrimônio do pontífice, e a instituição não comenta assuntos financeiros pessoais. Ainda assim, essa suposta quantia reforça o estilo de vida simples que caracterizou o argentino Jorge Mario Bergoglio ao longo de seu pontificado.
Desde o início de seu governo, Francisco recusou o salário mensal de 2,5 mil euros oferecido pelo Vaticano. Inspirado por São Francisco de Assis, ele optou por não receber remuneração e adotou uma rotina austera, focada no voto de pobreza.
Em entrevista, afirmou que não se preocupava com dinheiro, pois sabia que suas necessidades básicas seriam sempre atendidas. “Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou algo assim, eu peço”, declarou em um documentário lançado em 2023.
Além de viver com simplicidade, Francisco realizou gestos significativos de solidariedade. Um de seus últimos atos como pontífice foi a doação de 200 mil euros, equivalentes a cerca de R$ 1,2 milhão, a presos da penitenciária Casal del Marmo, em Roma.
O valor saiu de sua conta pessoal, indicando seu compromisso constante com os mais vulneráveis. Esses gestos consolidaram sua imagem como líder espiritual voltado à caridade e à justiça social, características que muitos esperam ver mantidas por seu sucessor.
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Quem é o novo Papa Leão XIV?
Robert Prevost, agora Leão XIV, tem uma trajetória que combina experiência internacional, ligação com a América Latina e proximidade com os ideais reformistas do papa Francisco. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, ele atuou por muitos anos como missionário no Peru e chegou a ser arcebispo no país.
Sua atuação pastoral em solo latino-americano contribuiu para aproximá-lo das causas sociais e das necessidades dos fiéis mais pobres. Apesar de não estar entre os favoritos no início do conclave, sua escolha representa uma continuidade do caminho iniciado por seu antecessor.
Além de seu histórico como missionário, Prevost ganhou maior relevância nos últimos anos ao ser nomeado por Francisco como prefeito do Dicastério para os Bispos, uma das funções mais estratégicas do Vaticano. Esse cargo o colocou no centro da seleção e nomeação de novos bispos ao redor do mundo.
A confiança demonstrada por Francisco ao escolhê-lo para essa função foi determinante para sua ascensão dentro da Igreja. Também presidiu a Pontifícia Comissão para a América Latina, cargo que reforçou seu papel de ponte entre diferentes regiões do mundo católico.
Ideais semelhantes aos de Francisco
O novo papa tem se posicionado como defensor da continuidade das reformas iniciadas por Francisco. Em seu primeiro discurso como Leão XIV, ele afirmou que dará seguimento à visão de uma Igreja mais aberta, inclusiva e voltada para os marginalizados.
A linha pastoral adotada por Francisco, com foco em justiça social, acolhimento e combate a abusos, parece seguir viva com a liderança de Prevost. No entanto, Leão XIV também enfrentará desafios, especialmente devido a episódios polêmicos, quando foi acusado de acobertar casos de abuso sexual.
A escolha de um papa norte-americano representa um marco histórico, mas também levanta expectativas sobre como ele equilibrará as diferentes correntes internas da Igreja. A tradição católica exige um pontífice que dialogue com conservadores e progressistas, e Leão XIV parece disposto a isso.
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