O conclave, que começou na última quarta-feira (07/05), finalmente chegou ao final com a decisão do Vaticano sobre quem será o novo papa.
Após o falecimento do Papa Francisco, a Igreja Católica iniciou um novo conclave para definir quem assumiria o posto de Sumo Pontífice. Realizado na Capela Sistina, no Vaticano, o conclave consiste em um encontro reservado de cardeais com menos de 80 anos, que votam secretamente para eleger o papa.
Durante esse processo, todos os participantes permanecem isolados do mundo exterior, sem acesso a comunicações ou contatos externos. A cerimônia segue regras rígidas, definidas na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, promulgada por João Paulo II.
A expectativa dos fiéis em todo o mundo cresce a cada escrutínio realizado, que pode se estender por vários dias até que alguém atinja dois terços dos votos. O momento decisivo do conclave é simbolizado pela fumaça branca que sai das chaminés da Capela Sistina, anunciando a escolha do novo papa.

Neste artigo, você confere:
Vaticano lança fumaça branca informando escolha do novo papa
Às 13h08 (horário de Brasília) desta quarta-feira, a tradicional fumaça branca subiu pela chaminé da Capela Sistina, indicando ao mundo que o 267º papa havia sido escolhido. A decisão aconteceu após quatro rodadas de votação e coroou o processo que começou 17 dias após o falecimento de Francisco.
Desde então, 133 cardeais aptos a votar se reuniram em Roma para deliberar, sendo que apenas dois membros ficaram de fora do conclave por problemas de saúde. Para ser eleito, o candidato precisava alcançar pelo menos 89 votos — o equivalente a dois terços do total de votantes.
O processo seguiu todos os ritos tradicionais. Após a eleição, o candidato escolhido respondeu a duas perguntas formais: se aceitava a eleição canônica como Sumo Pontífice e qual nome desejava adotar como papa. Esse momento marca o início simbólico e espiritual de sua missão.
Em seguida, o novo líder da Igreja é conduzido à chamada “sala das lágrimas”, onde passa alguns minutos em reflexão, preparação e oração. Esse espaço, localizado à esquerda do altar maior da Capela Sistina, fica sob o célebre afresco “Juízo Final”, de Michelangelo.
A identidade do novo papa ainda não foi revelada no momento da fumaça branca. A tradição prevê que o cardeal protodiácono, Dominique Mamberti, anuncie ao mundo a famosa expressão “Habemus Papam” da sacada da Basílica de São Pedro.
Após a declaração, o novo pontífice fará sua primeira aparição ao público, seguido da benção “urbi et orbi” — à cidade e ao mundo. Sete cardeais brasileiros participaram do conclave, o que reforça a importância crescente da América Latina dentro da hierarquia da Igreja Católica.
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Quem é o novo papa escolhido?
O Vaticano anunciou oficialmente que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost é o novo líder da Igreja Católica, adotando o nome de papa Leão XIV. A revelação ocorreu nesta quinta-feira (8), um dia após a fumaça branca subir da Capela Sistina, sinalizando a decisão do conclave.
Com 69 anos, Prevost torna-se o 267º papa da história da Igreja e o primeiro pontífice dos Estados Unidos, fato inédito que marca profundamente este momento da instituição. Sua eleição, fruto de um consenso entre os cardeais, representa uma escolha de continuidade do legado de Francisco.

Logo após ser apresentado ao mundo pelo cardeal protodiácono Dominique Mamberti, que declarou o tradicional “Habemus Papam”, o novo pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro, onde fez seu primeiro pronunciamento.
Em tom sereno, iniciou sua fala com uma mensagem de esperança e unidade: “A paz esteja com todos vocês. Esta é a primeira saudação do Cristo ressuscitado. Eu também gostaria que essa saudação de paz entrasse no coração de vocês.”
A escolha das palavras indicou desde o início o tom pastoral e acolhedor que pretende imprimir em seu pontificado. Além disso, ele ressaltou o desejo de dar continuidade ao projeto de uma Igreja sinodal, próxima dos fiéis e atenta aos que mais sofrem.
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Relembre o falecimento do Papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio, conhecido como Papa Francisco, faleceu em 21 de abril de 2025, aos 88 anos. Segundo comunicado oficial do Vaticano, a causa da morte foi um acidente vascular cerebral (AVC) combinado com insuficiência cardíaca.
O pontífice estava em sua residência, na Casa Santa Marta, quando teve o agravamento súbito do quadro clínico. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu. Francisco já enfrentava problemas de saúde, incluindo uma pneumonia recente, da qual vinha se recuperando após 38 dias de internação.
Sua morte comoveu milhões de fiéis e líderes religiosos em todo o mundo, que prestaram homenagens ao primeiro papa jesuíta e latino-americano da história. Durante os 12 anos em que esteve à frente do Vaticano, Francisco promoveu uma liderança marcada pela humildade e pelo diálogo inter-religioso.
Ele destacou a necessidade de uma Igreja mais próxima dos pobres, menos institucionalizada e mais aberta aos desafios sociais contemporâneos. Suas declarações e ações em prol do meio ambiente, da paz mundial e da acolhida de refugiados o tornaram uma das figuras religiosas mais influentes do século XXI.
O legado de Francisco permanece vivo por meio das reformas estruturais que iniciou, como a reorganização da Cúria Romana, o fortalecimento dos mecanismos de combate aos abusos e a promoção de uma nova pastoral baseada na misericórdia.
Após sua morte, o Vaticano declarou luto oficial e iniciou os procedimentos para o funeral e a preparação do conclave. Em nota, o Vaticano afirmou: “Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal”.
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