O novo papa já foi eleito, mas muitas pessoas ficaram em dúvida com as cores das fumaças durante o conclave, que mudavam de tempos em tempos.
A Praça de São Pedro, no Vaticano, voltou a ser o centro das atenções mundiais com a escolha de um novo papa. Após dias de conclave, cardeais reunidos na Capela Sistina chegaram a um consenso e elegeram o novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
Milhares de fiéis acompanharam com expectativa os sinais vindos da chaminé histórica, aguardando ansiosamente pela confirmação de que a Igreja havia encontrado seu novo pastor. Como manda a tradição, a escolha ocorre após a morte do papa anterior ou sua renúncia, marcando um novo início.
O momento é carregado de simbolismo, emoção e cerimônia, em uma mistura única de fé, história e protocolo. Ao longo de séculos, esse processo manteve características tradicionais, mas também passou a contar com recursos modernos que garantem sua eficácia e compreensão pelo público.

Neste artigo, você confere:
Como o novo papa é decidido?
O processo de escolha de um novo papa segue um rito rigoroso conhecido como conclave, estabelecido pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis. Quando ocorre a morte de um papa ou sua renúncia, todos os cardeais com menos de 80 anos são convocados ao Vaticano para participar.
O conclave é realizado na Capela Sistina, onde os cardeais ficam completamente isolados do mundo exterior durante todo o processo. Antes de iniciarem os votos, os cardeais rezam juntos e recebem orientações sobre a importância da missão que assumem ao eleger o novo pontífice.
Cada rodada de votação é chamada de escrutínio, e pode haver até quatro por dia — duas pela manhã e duas à tarde. Os votos são depositados em cédulas dobradas, escritas à mão, e colocados em uma urna diante do altar, com o máximo de sigilo possível.
Após a contagem, caso nenhum candidato alcance os dois terços dos votos válidos, os papéis são queimados em uma estufa especial. Para sinalizar ao público, a cor da fumaça que sai da chaminé informa se houve ou não a eleição: por isso sua importância!
Quando um nome recebe o número necessário de votos, o decano do Colégio Cardinalício pergunta ao eleito se aceita o cargo e qual nome deseja adotar como papa. Após o “sim”, o novo papa se retira para a chamada “sala das lágrimas”, onde se prepara para sua primeira aparição pública.
Enquanto isso, os cardeais finalizam os preparativos e o cardeal protodiácono anuncia ao mundo a tradicional frase “Habemus Papam”, seguida pela revelação do nome do novo pontífice. Em seguida, o papa eleito surge na sacada da Basílica de São Pedro e concede a bênção “urbi et orbi”.
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O que significam as cores das fumaças?
Durante o conclave, a cor das fumaças que saem da chaminé da Capela Sistina funciona como o principal sinal para os fiéis e para o mundo. Quando a fumaça é preta, isso significa que nenhum candidato atingiu o número necessário de votos, ou seja, o novo papa ainda não foi escolhido.
Já quando a fumaça é branca, o mundo recebe a notícia de que a eleição foi concluída com sucesso e que a Igreja Católica já tem um novo líder. Esse sistema simples e visual permite que todos — mesmo à distância e sem necessidade de tradução — compreendam o estágio em que se encontra o conclave.
O mecanismo da fumaça foi introduzido no século XV, mas só se tornou comum a partir do conclave de 1878. Desde então, tornou-se uma das imagens mais emblemáticas da Igreja Católica. No entanto, nem sempre foi fácil distinguir as cores, o que gerou confusões no passado.
Para evitar dúvidas, o Vaticano passou a empregar compostos químicos que garantem cores mais nítidas e visíveis. Além disso, o sistema conta com dois fornos: um para queimar as cédulas e outro para produzir a fumaça visível. Ambos operam sob controle técnico rigoroso, supervisionado por especialistas.
Qual o processo químico para a mudança das cores?
A produção das cores da fumaça envolve uma combinação controlada de compostos químicos. Para gerar a fumaça preta, o Vaticano utiliza uma mistura de perclorato de potássio, antraceno e enxofre, tudo medido perfeitamente para causar o efeito desejado.
Esses elementos, quando queimados, produzem uma fumaça escura e espessa, sinalizando que a votação não resultou na escolha de um novo papa. Já para obter a fumaça branca, a mistura inclui clorato de potássio, lactose e pínula de colofônia — uma resina natural. Essa combinação produz a fumaça branca.
Além disso, a queima dos compostos ocorre em fornos especiais instalados dentro da Capela Sistina, com dutos que conduzem diretamente à chaminé visível ao público na Praça de São Pedro. Todo o processo é preparado com antecedência e testado para garantir que o ritual ocorra sem falhas.
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Tradição e ciência se misturam para a escolha do papa
A eleição de um novo papa reúne elementos de tradição espiritual com recursos científicos e técnicos cuidadosamente planejados. O conclave, com seus séculos de história, preserva ritos e cerimônias que conferem solenidade e significado ao momento, reforçando a ligação entre o catolicismo e suas raízes.
Ao mesmo tempo, a clareza exigida pela comunicação moderna fez com que o Vaticano investisse em tecnologia e métodos confiáveis para evitar confusão, especialmente em relação ao anúncio visual mais aguardado: a cor da fumaça.
Manter vivas as tradições religiosas, respeitando o simbolismo milenar, sem ignorar as necessidades práticas de comunicação e organização, mostra uma instituição que busca se adaptar sem perder sua essência, que é tradicional.
A fumaça que sobe da Capela Sistina, portanto, vai além do ritual: ela conecta a espiritualidade com a modernidade, a história com o presente, o mistério com a clareza. Cada detalhe do conclave — desde o isolamento dos cardeais até a reação do público à fumaça branca — reforça o peso dessa escolha.
Essa cerimônia, rica em simbolismo e tradição, continua a atrair os olhos do mundo, renovando o interesse pela fé e pela liderança da Igreja Católica. Assim, a combinação entre tradição e ciência torna-se uma ponte essencial para manter o respeito pelo passado e o diálogo com o futuro.
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