
Elon Musk vs Meta – O horizonte digital está passando por um turbilhão à medida que as tensões entre duas gigantes do setor de tecnologia, Twitter e Meta, chegam a um novo ápice. O catalisador do conflito é o novo aplicativo de texto, Threads, lançado pela Meta, uma expansão do Instagram, que é visto como um rival direto do Twitter. O confronto, no entanto, não se limita à competição entre produtos, mas mergulha profundamente em alegações de roubo de propriedade intelectual.

Musk diz que vai processar a empresa Meta
Threads, o chamado “assassino do Twitter”, foi lançado ao público nesta semana e já acumula uma impressionante base de mais de 30 milhões de assinantes. Desenvolvido como uma ramificação do Instagram, Threads posiciona-se como um aplicativo de conversação baseado em texto, semelhante à dinâmica microblogging do Twitter, permitindo aos usuários postar até 500 caracteres de texto e até cinco minutos de vídeo e links, bem como fotos.
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Entretanto, relatos da Semafor, empresa de consultoria em TI, indicam que a equipe jurídica do Twitter enviou uma carta a Mark Zuckerberg, o homem por trás da Meta, acusando sua empresa de apropriar-se indevidamente de propriedade intelectual e recrutar ex-funcionários do Twitter para a concepção do novo aplicativo. “A competição é boa, trapacear não”, tuitou Elon Musk, o magnata da Tesla que adquiriu o Twitter em 27 de outubro de 2022 por US $ 44 bilhões e permaneceu como CEO até ser substituído em junho pela ex-executiva da NBC, Linda Yaccarino, ressaltando a importância de uma concorrência saudável no mercado.
Alex Spiro, advogado representante do Twitter, na carta obtida pela Semafor, alegou que a Meta utilizou indevidamente segredos comerciais do Twitter e outras informações altamente confidenciais. “O Twitter pretende fazer valer estritamente seus direitos de propriedade intelectual e exige que a Meta tome medidas imediatas para parar de usar quaisquer segredos comerciais do Twitter ou outras informações altamente confidenciais”, afirmou Spiro.
Ele também denunciou a Meta por uma “apropriação sistemática, intencional e ilegal dos segredos comerciais do Twitter e outras propriedades intelectuais”, alegando que a Meta contratou dezenas de ex-funcionários do Twitter que tiveram acesso a informações confidenciais. Além disso, os advogados do Twitter caracterizaram Threads como um “aplicativo imitador”, violando as leis estaduais e federais.
Essas alegações foram rebatidas por uma fonte da Meta, citada pela Semafor, que descreveu as acusações como “infundadas”. “Ninguém na equipe de engenharia do Threads é um ex-funcionário do Twitter – isso simplesmente não existe”, argumentou a fonte.
Em um movimento que só pode ser descrito como adicionar combustível ao fogo, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, postou seu primeiro tweet no Twitter em 11 anos compartilhando um popular meme do Homem-Aranha, aludindo ao fato de que Twitter e Threads são semelhantes. Em resposta, Elon Musk usou um emoji risonho para responder a um tweet que dizia: “O novo aplicativo do Meta foi construído inteiramente usando este teclado”, acompanhado pela imagem de um teclado com apenas as teclas CTRL, C e V – usadas para copiar e colar em um PC com Windows.
Desafios internos
Em meio a todo esse drama, o aplicativo Threads enfrentou seu próprio conjunto de desafios. Enquanto o aplicativo está vinculado ao Instagram, permitindo aos usuários importar seu perfil e lista de amigos, a exclusão de um perfil no Threads também resulta na eliminação da conta do Instagram, gerando frustração entre os usuários.
A assessoria de imprensa do Twitter, ao ser contatada para comentários, respondeu com um emoji de cocô, uma resposta automática ativada em março de 2023. Solicitações de comentários também foram enviadas ao Meta, mas até o momento nenhuma resposta foi recebida.
A existência do Twitter, que remonta a julho de 2006, abriga cerca de 450 milhões de usuários ativos mensais, indicando a relevância de sua plataforma no ambiente digital. No entanto, o surgimento do Threads e as controvérsias que o cercam indicam que o cenário das mídias sociais está em constante evolução, onde a batalha por influência e domínio continua a intensificar-se. O resultado desse confronto entre o Twitter e a Meta permanece incerto, mas certamente fornecerá uma fascinante dinâmica a ser observada no mundo da tecnologia.
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