
Em janeiro deste ano, uma mãe de 64 anos e sua filha de 31 anos pediram um carro da Uber para se deslocarem do Leblon a Copacabana, no Rio de Janeiro. Durante o trajeto, ao pararem em um sinal vermelho na Rua República do Peru, as duas perceberam que o motorista estava se masturbando. Em choque, elas saíram do carro gritando enquanto o motorista acelerava.
Após o incidente, as vítimas foram à 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana, para registrar a ocorrência. O caso deu origem a uma ação judicial contra a Uber, com o pedido de indenização por danos morais em função do assédio que elas sofreram.
Em sua defesa, a empresa afirmou não ter responsabilidade sobre os atos do motorista, alegando que atua apenas como uma plataforma de intermediação entre passageiros e motoristas, sem qualquer vínculo trabalhista. A Uber também argumentou que não havia provas suficientes sobre o que aconteceu e que a responsabilidade pela segurança pública recai sobre o Estado, não podendo a empresa ser responsabilizada por eventos imprevisíveis.
Na audiência realizada na última quarta-feira, não houve acordo quanto à indenização solicitada, que é de R$ 56 mil. A decisão sobre o caso será anunciada em 13 de agosto. Após o incidente, o motorista envolvido foi banido da plataforma da Uber.