A Soffy e a Nuoro Pay foram desativadas temporariamente do sistema de pagamentos Pix, segundo informa o Banco Central. Ambas as empresas estavam integradas ao Pix por meio de parcerias com outras instituições financeiras. A decisão busca garantir a segurança do sistema de pagamentos e proteger sua integridade até que os esclarecimentos sobre o envolvimento das empresas sejam concluídos. Até o momento, não foi possível localizar representantes das empresas para que se pronunciassem sobre o ocorrido. No entanto, o espaço permanece aberto para que elas se manifestem.
A suspensão das atividades no Pix pode durar até 60 dias. De acordo com a resolução que regula o sistema, o Banco Central pode suspender a participação de qualquer instituição que, por suas ações, coloque em risco o funcionamento adequado do arranjo de pagamentos.
A origem da suspensão está ligada a um ataque ao sistema da empresa C&M, que funciona como intermediadora em transações financeiras no Brasil, incluindo o Pix. A sede da C&M está localizada em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.
Inicialmente, as autoridades tratavam o incidente como um ataque de hackers. No entanto, após a prisão de um funcionário da C&M Software pela Polícia Civil, que confessou sua participação no desvio de dinheiro, as investigações mostraram que a invasão ao sistema foi facilitada de outras maneiras. Até agora, as evidências indicam que o desvio ocorreu por meio de práticas de engenharia social, nas quais informações de acesso foram compartilhadas indevidamente. Não foram identificadas falhas técnicas nos sistemas da C&M.
