
O velório da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, ocorre nesta sexta-feira no Cemitério e Crematório Parque da Colina, localizado em Pendotiba, Niterói, no estado do Rio de Janeiro, onde a jovem residia. Juliana faleceu após um trágico acidente em uma trilha no vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia. O local já recebeu coroas de flores em homenagem à jovem. Os pais de Juliana, Manoel e Estela Marins, chegaram ao local por volta das 10h20. A família decidiu pelo sepultamento ao invés da cremação, pois acredita que isso pode ser necessário caso se realize uma exumação no futuro.
O pai, Manoel Marins, comentou sobre a liberação do corpo e a opção pelo enterro, afirmando que, apesar de inicialmente desejarem a cremação, uma decisão judicial sobre a necessidade de se preservar o corpo os levou a manter o sepultamento. Ele expressou gratidão pela solidariedade do povo brasileiro, que ajudou a família a obter algumas respostas sobre o que ocorreu com Juliana, embora reconheça que muitas respostas ainda são necessárias e que espera que a segunda necropsia traga clareza sobre os fatos.
Manoel relatou que a intenção da família era trazer Juliana de volta viva da Indonésia. Ele ressaltou a importância do apoio da embaixada brasileira durante a tragédia, que ajudou a família a acessar as autoridades locais e entender a situação. O pai também mencionou a precariedade dos serviços de resgate na Indonésia, destacando que essa é uma realidade diferente da que os brasileiros estão acostumados. Ele criticou a demora na mobilização do resgate, afirmando que caso a Defesa Civil tivesse sido acionada mais rapidamente, a vida de sua filha poderia ter sido salvada.
Enquanto o velório e a despedida seguiam, amigos e parentes chegavam ao local para prestar suas últimas homenagens. Os pais de Juliana foram consolados por abraços e mensagens de apoio. Manoel recordou com carinho os momentos com a filha, destacando seu sorriso e alegria. A irmã de Juliana, Mariana Marins, comentou que o velório proporcionou um pouco de paz à família, mas a dor da perda ainda persiste.
A cerimônia de despedida aconteceu em um anfiteatro do cemitério, e parentes e amigos formaram uma longa fila para se despedir. Ana Paula, moradora de Niterói, afirmou que estava ali para mostrar apoio à família e amigos de Juliana, mesmo sem conhecê-los pessoalmente. Além das pessoas que se juntaram para prestar suas homenagens, o local recebeu diversas coroas de flores.
Juliana foi encontrada morta após a queda em uma trilha, e uma nova necropsia, realizada por peritos da Polícia Civil e da Polícia Federal, aconteceu para esclarecer pontos sobre sua morte. O laudo preliminar deve ser emitido em até cinco dias. Os familiares esperam que essa nova perícia ajude a esclarecer a data e o horário específicos da morte, bem como a possível omissão de socorro por parte das autoridades locais. A primeira autópsia, feita na Indonésia, indicou que Juliana morreu cerca de 20 minutos após a queda, devido a múltiplos traumas.
O corpo de Juliana chegou ao Brasil uma semana após a confirmação de sua morte, desembarcando em São Paulo antes de ser levado ao Rio de Janeiro em uma aeronave da Força Aérea Brasileira.