Em Budapest, na Hungria, ocorrendo no dia 28 de junho, a marcha do Orgulho LGBTQ+ se torna um ponto de tensão após a polícia proibir o evento. A proibição foi comunicada em uma carta enviada a embaixadas, destacando que a participação na marcha seria considerada uma infração. O ministro da Justiça, Bence Tuzson, enfatizou a legitimidade da proibição, afirmando que o evento é uma assembleia ilegal.
Os organizadores da Pride contestaram essa proibição em uma carta enviada às embaixadas, afirmando que a polícia não tem o poder de proibir um evento que foi organizado pela prefeitura de Budapest. A presidente da Budapest Pride, Viktoria Radvanyi, assegurou que a marcha ocorrerá como planejado, com foco na segurança dos participantes.
Desde que o primeiro-ministro Viktor Orban assumiu o poder em 2010, várias leis têm sido implementadas na Hungria, sendo criticadas por restringir os direitos LGBTQ+ sob a justificativa de “proteção infantil”. Essa nova legislação impede a promoção de relacionamentos do mesmo sexo a menores de 18 anos, e a decisão de proibir a marcha está ligada a essa regra. As consequências para os participantes podem incluir multas de até 500 euros e uso de tecnologia de reconhecimento facial para identificação. Os organizadores enfrentam a possibilidade de uma pena de prisão de até um ano.
Apesar da proibição, o prefeito de Budapeste, desafiando a decisão policial, anunciou que realizará a marcha. A expectativa é que membros do Parlamento Europeu e representantes de outros países compareçam ao evento. O comissário de Igualdade da União Europeia, Hadja Lahbib, está previsto para visitar Budapest e pode participar da marcha.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, solicitou que as autoridades húngaras revertem a proibição e não punam os organizadores ou participantes do evento, enfatizando seu apoio à comunidade LGBTQ+. A situação gerou uma onda de protestos no país, refletindo a crescente disputa entre os direitos civis e as políticas do governo húngaro.
