
Laysa Peixoto, de 22 anos, fez declarações após ser chamada de “astronauta de Taubaté”. Em entrevista, ela expressou seu ponto de vista sobre as piadas a respeito de sua seleção como a primeira astronauta brasileira a ir ao espaço, destacando que isso não a afeta e que é importante esclarecer informações incorretas que circulam sobre o assunto.
A expressão “astronauta de Taubaté” faz referência a um meme popular, originado de um caso em que uma mulher de Taubaté, São Paulo, afirmou estar grávida de quadrigêmeos usando uma barriga falsa. Laysa aproveitou a oportunidade para explicar que ela foi selecionada para uma missão inaugural da empresa Titans Space, com lançamento previsto para 2029, embora a Nasa tenha negado seu suposto vínculo com a agência.
Durante a conversa, Laysa enfatizou que tem informações concretas sobre sua seleção e acredita que é fundamental garantir que as pessoas entendam a legitimidade de sua participação na missão. Recentemente, ela fez sua primeira declaração nas redes sociais para esclarecer pontos sobre sua trajetória.
Laysa destacou que, em nenhum momento, afirmou que a Nasa fosse responsável por sua seleção ou que ela fosse astronauta de carreira da agência. A referência à Nasa foi feita apenas ao mencionar o comandante da missão, que é um astronauta veterano da agência.
Natural de Contagem, Minas Gerais, Laysa declarou em suas redes sociais que seria a astronauta do Brasil em uma nova era de exploração espacial, com viagens a estações espaciais privadas, além de futuras missões tripuladas à Lua e Marte. Ela também afirmou ter trabalhado na Nasa aos 19 anos, o que foi desmentido pela agência, que esclareceu que o programa L’Space que ela mencionou é um workshop para estudantes, e não um estágio.
Além disso, Laysa listou uma série de credenciais, como ter sido fellow em Física Teórica e Matemática pela Sociedade Max Planck, ter cursado Engenharia em Machine Learning no MIT e um mestrado em Aplicações de Computadores pela Columbia University. No entanto, a Nasa declarou que as informações sobre sua afiliação à agência estavam incorretas, e que a Titans Space, empresa citada por Laysa, não é afiliada à Nasa. A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos também não menciona a empresa entre as que têm autorizações para realizar voos espaciais, o que levanta dúvidas sobre a viabilidade da missão anunciada por Laysa.