
Neste sábado, seis bombardeiros furtivos B-2 dos Estados Unidos sobrevoaram o Oceano Pacífico rumo à Base Naval de Guam, conforme indicado por dados de tráfego aéreo. Esses bombardeiros são os únicos que podem carregar bombas de 14 toneladas, conhecidas como “bunker busters”, que Israel acredita serem capazes de destruir a instalação nuclear de Fordow, fundamental para a produção de armas nucleares do Irã. O deslocamento das aeronaves ocorre em um momento tenso, enquanto a Casa Branca considera a possibilidade de se juntar a Israel em um conflito militar, com o presidente Donald Trump sugerindo que uma intervenção poderia acontecer em até duas semanas.
Na mesma data, as Forças Armadas de Israel reportaram a eliminação de três altos comandantes da Guarda Revolucionária do Irã e realizaram bombardeios na instalação nuclear de Isfahã. Em resposta, Teerã lançou ataques com drones e mísseis contra alvos israelenses, intensificando a escalada de hostilidades.
Os bombardeiros decolaram da Base Aérea de Whiteman, no estado do Missouri, e foram reabastecidos no ar, indicando que estavam levando cargas pesadas. A Base Naval de Guam é considerada um local estratégico para os EUA na região do Indo-Pacífico, especialmente em situações de conflito, mesmo que esteja a cerca de 11 mil quilômetros do Irã. A possibilidade de operações militares partindo dessa base é real, e sua utilização na guerra no Golfo foi citada como precedência histórica.
Além disso, os EUA estão enviando cerca de 30 aviões de reabastecimento para a região e mobilizando seu maior porta-aviões, o USS Gerald R. Ford, que se unirá a outros dois porta-aviões americanos próximos a Israel. Esses navios são essenciais para as operações militares, pois transportam jatos de combate e são acompanhados por navios de guerra que atuam na defesa contra ameaças aéreas e marítimas.
O presidente Trump, que frequentemente fica fora de Washington nos finais de semana, deve retornar à Casa Branca para uma reunião não divulgada de Segurança Nacional. Ele fez um aviso ao Irã, afirmando que o país tem “no máximo” duas semanas para evitar ataques aéreos americanos, enquanto Washington considera ingressar na campanha de bombardeios israelense.
Os bombardeiros B-2 são a única plataforma militar capaz de lançar as grandes bombas que penetram profundamente no solo, e a instalação de Fordow é um alvo crucial devido à sua importância estratégica para o programa nuclear iraniano. Os ataques a essa instalação são considerados essenciais para limitar a capacidade do Irã de desenvolver armas nucleares, mas a comunidade internacional observa com cuidado a possibilidade de um ataque militar.
As tensões aumentaram quando Israel iniciou uma campanha de bombardeios contra o Irã, alegando que Teerã estaria avançando na produção de armas nucleares, o que o Irã nega. Durante os ataques, Israel destacou a eliminação de altos oficiais da Guarda Revolucionária e ações aéreas contra centros de comando e infraestruturas relacionadas ao programa nuclear.
Enquanto isso, as forças iranianas responderam a esses ataques com suas operações, disparando mísseis e drones contra Israel. Os combates resultaram em mortes e feridos em ambos os lados e a situação permanece crítica, com o Irã ameaçando atingir qualquer carregamento militar destinado a Israel.
Em meio a esse clima belicoso, potenciais soluções diplomáticas estão sendo exploradas. Os ministros das Relações Exteriores da França, Reino Unido e Alemanha tentaram reiniciar as negociações com o Irã, que só considera tal movimento se Israel interromper os ataques. Entretanto, o atual governo iraniano insiste na continuidade das atividades nucleares e na autodefesa do país.
Recentemente, houve alegações de retaliações iranianas a cidadãos israelenses, além de tensões nas vias de transporte aéreo em regiões próximas. A guerra já resultou em numerosas mortes e ferimentos, e ambos os lados parecem determinados a prosseguir em suas estratégias militares.