
No capítulo 14 da novela “Três Graças”, a vida de Gerluce, interpretada por Sophie Charlotte, toma um rumo inesperado com a descoberta de uma parte de uma fortuna que foi roubada por Ferette, papel de Murilo Benício. Esse achado gera uma reviravolta significativa, levando a protagonista a considerar roubar o dinheiro para ajudar sua mãe, que está doente, no capítulo 18.
A situação começa quando Gerluce visita Arminda, interpretada por Grazi Massafera, que é amante de Ferette. Durante sua estadia, a cuidadora é chamada por Josefa, pessoa idosa e que precisa de ajuda para alcançar algumas fotos em um armário alto. Ao subir em uma cadeira, Gerluce acidentalmente derruba uma caixa com fotografias e também um chaveiro que contém todas as chaves da casa.
Ao guardar o chaveiro a pedido de Josefa, a curiosidade de Gerluce a leva a tentar as chaves. Uma delas abre um cômodo trancado, onde ela encontra uma escultura chamada “As Três Graças” e duas sacolas de dinheiro escondidas ao lado da estátua.
Nos capítulos seguintes, a trama se aprofunda em dilemas morais e emocionais. Ao ver sua mãe, Lígia, vivida por Dira Paes, em dificuldades financeiras e sem a possibilidade de comprar os medicamentos que precisa, Gerluce se vê dividida entre a ética e a necessidade familiar. Em um momento de reflexão, ela diz:
“Ah, minha Santa Rita de Cássia, a senhora me perdoe… Mas emprestado não é roubado. Vou pegar um pouco daquele dinheiro para comprar os remédios da minha mãe. Os de verdade! Não esses falsos. Mas uma coisa lhe prometo, minha santa: ainda não sei como, mas o dinheiro que vou pegar, assim que puder eu devolvo.”
Essa cena é considerada um dos momentos mais tensos da primeira parte da novela, simbolizando a transformação de Gerluce em uma mulher disposta a tudo por sua família.
A novela também aborda o tráfico de bebês, um tema sério e delicado. Joélly, a filha de Gerluce, enfrenta uma situação desesperadora quando seu namorado Raul se endivida com traficantes. Sem opções, a jovem grávida entrega sua filha recém-nascida a Samira, uma chef de cozinha que gerencia uma rede clandestina de adoção.
A criança acaba sendo passada para Lena, que finge estar grávida para representar a mãe. Quando Gerluce descobre essa situação, ela embarca em uma jornada arriscada para recuperar a neta e corrigir os erros de sua filha.
Os responsáveis pela produção da novela afirmam que os temas serão tratados com seriedade, explorando o amor, o desespero e a luta pela sobrevivência, características marcantes do trabalho de Aguinaldo Silva, que é um dos criadores e roteiristas da trama, ao lado de Virgílio Silva e Zé Dassilva. A direção artística está a cargo de Luiz Henrique Rios, enquanto a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.