Bottas pode ter vantagem sobre Pérez em retorno ao grid

A vida de Valtteri Bottas na Fórmula 1 deu uma guinada interessante. Em 2025, durante os treinos de pré-temporada no Bahrein, ele foi visto com uma pistola de ar na mão, mas não era para começar uma nova carreira como mecânico. O finlandês é, na verdade, piloto de testes e reserva da Mercedes, e dar apoio à equipe vai muito além de pilotar.

Esse novo papel inclui filmar para as redes sociais, algo que Bottas faz com facilidade, principalmente com sua vibe descontraída que conquistou muitos fãs na Austrália. Acredite, quem acompanha suas aventuras de ciclismo e gastronomia no Instagram sabe como ele se comunica bem com os quase cinco milhões de seguidores.

Bottas se sente privilegiado por estar novamente por dentro do que rola na Fórmula 1. Ele enfrenta o desafio de voltar ao grid em 2026, um caminho que nem todos conseguem trilhar. "Estou em uma fase diferente, meu consumo de café está lá em cima!", ele brinca sobre a nova rotina. Estar por perto, conversar com a equipe e participar de eventos se tornou parte do seu dia a dia, apesar de ser menos estressante que quando era piloto de corrida.

Durante a abertura da temporada na Austrália, por exemplo, ele teve a chance de observar mais de perto e até contribuir com dicas, como sugerir que Andrea Kimi Antonelli precisasse sair da linha regularmente para manter os pneus em melhores condições durante a corrida.

Bottas notou uma grande diferença entre sua antiga equipe, a Sauber, e a Mercedes. “Aqui a qualidade da engenharia é impressionante, são muitos talentos envolvidos”, comenta, destacando a importância de estar sempre atualizado. Ele percebeu que a atmosfera e a estrutura da equipe são bem mais robustas do que antes.

Ele ficou empolgado com sua assinaturan na Mercedes e se preparou para essa nova fase rapidamente. “Eu sabia que provavelmente não iria correr esse ano, mas estou grato pela oportunidade”, disse ele sobre o novo capítulo da carreira. Manter-se visível no paddock é fundamental para que não seja esquecido, e Bottas sabe disso.

A concorrência para voltar ao grid em 2026 é acirrada. A Mercedes já tem investimentos significativos em George Russell e Antonelli. E se Toto Wolff decidir investir novamente em um nome de peso como Verstappen, as chances de Bottas vão ficar ainda mais distantes.

Mas o cenário está mudando com a chegada da Cadillac, que pode abrir novas portas. A ideia de juntar um novato americano com um piloto experiente da F1 é empolgante, e o histórico de Bottas se encaixa direitinho nesse molde. Ele menciona a jornada de Nico Hulkenberg, que usou sua posição como reserva para se mostrar ativo e relevante no paddock. Isso fez toda a diferença para ele.

Essas experiências têm peso, e Bottas entende que estar presente pode abrir oportunidades, como ser chamado para pilotar em uma corrida. “Eu quero me manter atualizado sobre o que está acontecendo, sentir o pulso do esporte”, conta. Ele se sente privilegiado por estar novamente em uma grande equipe como a Mercedes, mesmo que ainda não tenha certeza sobre sua volta efetiva às corridas.

Sobre a Cadillac, Bottas diz que será interessante ver como as coisas se desenrolam nesta temporada. “Nunca se sabe o que pode acontecer. Podemos ver mudanças, e se houver um bom plano para o futuro, pode ser um projeto promissor”, afirma. Ele conhece bem o diretor da Cadillac, Graeme Lowdon, e está otimista quanto a essa conexão.

Enquanto alguns, como Sergio Pérez, optam por se manter afastados, Bottas acredita que sua abordagem de estar por perto é mais vantajosa. Ele sente que ainda tem um bom caminho a trilhar na Fórmula 1, e isso inclui a relação que construiu com Wolff ao longo dos anos. “Ele sempre quis me ver na pista novamente”, diz Bottas, claramente esperançoso sobre o futuro.