Audi define meta de vender 2 milhões de carros por ano

Novos ventos estão soprando na Audi. Com a apresentação do Conceito C, a marca está reformulando sua linguagem de design e, de quebra, tentando calar as críticas sobre a qualidade dos interiores. Será que isso vai potencializar as vendas? A montadora parece confiante e já se colocou uma meta ambiciosa: vender 2 milhões de carros por ano.

Com essa mudança de rumo, a Audi, que faz parte do Grupo Volkswagen, acredita que terá argumentos mais robustos para competir com a forte concorrência, especialmente a Mercedes-Benz. A ideia é alcançar, ou até passar, a rival na corrida pelo mercado de luxo.

Dobrar a meta

A Audi não é novata no jogo. Em 2008, já vendeu mais de 1 milhão de unidades e, agora, a meta é ambiciosa: “dobrar a meta”. Conforme informações da Reuters, um plano audacioso está sendo tramado na sede em Ingolstadt, sendo a apresentação prevista até o final de 2025. Porém, não está claro quando essa marca será alcançada e, convenhamos, vai ser um desafio e tanto.

Vale lembrar que a Audi já atingiu números próximos a isso recentemente, com um pico de vendas em 2023, batendo a impressionante marca de 1.895.240 veículos. Mas em 2024, as vendas caíram 11,8%, totalizando cerca de 1.671.218 carros. Para piorar, a Tesla ultrapassou a fabricante de quatro anéis pela primeira vez, entregando 1.789.226 veículos elétricos. No mesmo período, a Mercedes-Benz fez bonito com 1.983.400 vendas, enquanto a BMW ficou no topo, com 2.200.217 unidades.

A3 voltará a ser carro de entrada

Para alcançar esse sonho de 2 milhões, a Audi também está ajustando seu portfólio. Os modelos mais acessíveis, A1 e Q2, vão sair de linha, deixando o A3 como o carro de entrada da marca. Isso significa que se você sonha em ter um Audi, o A3 será a porta de entrada, pelo menos por enquanto.

E falando em elétricos, há planos para lançar um modelo mais acessível em 2026 e, em 2027, devemos ver a versão final do Concept C. Porém, a expectativa não é de altas vendas. Os esportivos estão se tornando um nicho cada vez menor, e o fato de não haver opções a gasolina mais em conta limita a base de clientes.

Foco nos EUA

A Audi, embora tenha se mantido discreta sobre suas ambições de dois milhões de vendas, pode buscar o mercado americano para dar um gás. A marca está estudando produzir localmente para escapar das tarifas que dificultam a vida por lá. Em 2024, no entanto, a situação não foi nada animadora, com a montadora entregando apenas 196.576 carros, uma queda de 14% em relação ao ano anterior.

Para realmente dobrar essa meta, a Audi vai precisar ser mais realista. A decisão de não abandonar totalmente os motores a combustão até 2032 mostra que a transição será mais gradual do que muitos pensavam.

A cada curva e estrada, a Audi parece se mostrar mais otimista, apostando alto em sua nova fase. Fica a expectativa: como será dirigir um desses novos modelos nas nossas estradas?