
Quando a Fiat revelou a nova geração do Grande Panda no ano passado, a conversa sobre versões totalmente a combustão ficou meio no ar. O foco estava em um compacto planejado para as exigências cada vez mais rígidas das próximas décadas. Mas, como tudo no mundo automotivo, as coisas mudaram.
Após a saída repentina de Carlos Tavares, que estava à frente do grupo, o Grande Panda ganhou versões com sistema híbrido leve. Esse sistema é bem semelhante ao que já encontramos nos Pulse e Fastback aqui no Brasil. Mas isso ainda não era o bastante. Assim como o 500, que precisou de um impulsionamento nas vendas com uma versão híbrida, o Grande Panda agora vai receber uma versão 100% a combustão que, curiosamente, conta com motor da Peugeot.
### O Motor e suas Especificações
Esse novo motor é um 1.2 de três cilindros, que já deu as caras por aqui de 2016 a 2020 como Puretech. Na época, ele teve uma passagem meio breve, e sua saída foi também por conta da entrada do novo 208, que fez a Stellantis mudar seu foco para os motores Firefly. Uma das polêmicas do motor Puretech era sua correia banhada a óleo, que complicava um pouco a manutenção.
No Grande Panda, esse motor será turbinado, entregando cerca de 100 cv e uma caixa manual de seis marchas. Ele terá três versões disponíveis: Pop, Icon e La Prima. E o melhor de tudo: os preços estão bem mais acessíveis, começando em 16.900 euros (em torno de R$ 108.160), bem menos que os 23.900 euros (cerca de R$ 152.960) da versão elétrica.
### Olhando para a Equipagem
Apesar dos preços mais baixos em comparação com as versões elétrica e híbrida, não se engane, o Grande Panda não é exatamente um carro básico. Ele vem recheado com uma lista de equipamentos que impressiona. Desde a versão de entrada, conta com painel digital, ar-condicionado, sensores de estacionamento e até frenagem automática de emergência. Para quem roda bastante na cidade, isso faz toda a diferença!
### Hatch em Testes no Brasil
E tem novidade por aqui! O CEO global da Fiat, Olivier Francois, já confirmou que o Grande Panda terá um papel central para a montadora, especialmente no Brasil. Ele até fez uma comparação com a família Palio, que era um grande sucesso. O Grande Panda promete ser um produto-chave para o futuro da Fiat, servindo de base para novos derivados, como os sucessores do Pulse, Fastback e até a picape Strada.
Os testes já começaram e, como compartilha muita estrutura com a família C-Cubed da Citroën, as mulas do novo hatch estão circulando pela região de Minas Gerais. As dimensões são bem parecidas, com cerca de 3,99 metros de comprimento e 2,54 metros de entre-eixos. O visual quadrado é uma característica marcante. O design do Panda faz uma bela homenagem ao modelo original dos anos 1980, que foi criado por Giorgetto Giugiaro.
### O Que Esperar do Futuro
Ainda não está claro se o modelo que será vendido no Brasil manterá o nome e a aparência do Panda europeu. É possível que a Fiat opte por uma variação própria, adaptando o hatch para os mercados emergentes. A estreia está prevista para acontecer até o fim da década, e quem sabe, isso possa trazer uma nova opção interessante para os apaixonados por carros no Brasil.
Toda essa movimentação em torno do Grande Panda mostra como o mercado automotivo é dinâmico e sempre nos surpreende com novidades!