
Quem está de olho em um BMW da linha M com certeza sonha com motores grandes e um ronco que faz o coração acelerar. Mas, com a crescente onda do downsizing e a eletrificação, as coisas estão mudando. As novas regras de emissões, que vão ficar ainda mais rígidas, têm feito marcas como a BMW repensar sua estratégia.
A boa notícia para os apaixonados é que, mesmo mirando num futuro com mais elétricos e híbridos, a BMW não quer deixar de lado os motores a gasolina. Frank van Meel, o CEO da BMW M, confirmou em uma entrevista durante o Festival de Velocidade de Goodwood, na Inglaterra, que os motores V8 e de seis cilindros em linha continuarão na linha de frente da marca, pelo menos na próxima década, com pouca ou nenhuma perda de potência.
Ele comentou que o desafio está em adaptar esses motores às novas exigências da Euro 7. Para isso, a empresa está trabalhando em maneiras inovadoras de evitar o superaquecimento sem abrir mão do desempenho. Afinal, quem já pegou uma estrada rápida e ouviu o ronco de um motor V8 sabe que isso faz parte da experiência de dirigir um BMW.
Os motores atuais, como os utilizados no M2, M3 e M4, são de seis cilindros em linha com turbocompressor, enquanto o M5 e o XM trazem o V8 em um conjunto híbrido. É uma combinação que ainda preserva a essência esportiva da marca, e dá aquele frio na barriga ao pisar no acelerador.
Van Meel também disse que não planejam seguir o caminho de outras marcas que estão optando por motores menores em suas divisões de alto desempenho. Para ele, os motores de seis cilindros em linha e V8 carregam um legado que a BMW não pretende abandonar. Para quem sempre admirou a história das corridas e a performance dos modelos BMW, essa é uma declaração que ressoa forte.
No final das contas, a BMW reafirma seu compromisso com os motores a combustão, como já havia destacado seu CEO, Oliver Zipse. Ele mencionou que a marca vai trabalhar para que todos os seus motores, desde os de três cilindros até os robustos V8, estejam dentro das novas normas. É uma estratégia que promete manter viva a paixão pelo desempenho que tantos de nós apreciamos.