
A BYD, montadora chinesa, está em um intenso embate com os gigantes do mercado automotivo brasileiro. A empresa tem buscado uma mudança nas tarifas de importação para veículos montados em regime SKD, que é uma forma de trazer carros já parcialmente montados ao país. O desafio é ainda maior diante de atrasos na construção de sua fábrica e investigações sobre condições de trabalho que envolvem o Ministério Público do Trabalho. Enquanto isso, empresas consagradas como Stellantis, General Motors, Volkswagen e Toyota não estão nada felizes com essa movimentação e até ameaçam retirar seus investimentos do Brasil.
As montadoras já estabelecidas se uniram para pressionar o governo a não ceder às solicitações da BYD. Um artigo da Agência Brasil revelou que, na verdade, nenhum dos lados está totalmente certo nessa disputa. O que o governo federal realmente parece querer é agradar a todos, sem tomar partido.
A questão central aqui é a proposta da BYD de reduzir as tarifas de importação de kits CKD e SKD, abrindo espaço para que seus veículos cheguem ao Brasil com tarifas reduzidas de 18 a 20% para apenas 5% e 10%, respectivamente. Imagina a revolta dos que já estão aqui! Recentemente, um grupo de CEOs de grandes montadoras enviou uma carta ao presidente Lula, alertando sobre os impactos negativos que essa redução teria sobre a indústria nacional.
Em resposta, a BYD fez uma declaração ousada, se referindo às suas concorrentes como “dinossauros” e insinuando que, se estão reclamando, é porque a mudança já começou. Você já deve ter visto esse tipo de briga no trânsito: quando entra um carro novo, os outros parecem ter medo de perder seu espaço.
O que complica a situação é que o Comitê-Executivo de Gestão da Camex, que faz parte do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, se reuniu para discutir os pleitos das montadoras. As empresas tradicionais pedem um aumento nas tarifas de importação para peças de carros elétricos desmontados, antecipando essa elevação de 2028 para 2026. Por outro lado, a BYD argumenta que precisa de tempo para nacionalizar sua produção e está pedindo uma redução temporária nas tarifas.
O vice-presidente Geraldo Alckmin entrou na dança, sugerindo uma solução que pode agradar a todos, através da ampliação de uma cota de isenção para importação. Entretanto, ele também quer acelerar a elevação das tarifas, que seriam aplicadas agora ao invés de 2026. O dilema é clássico: como equilibrar os interesses de todos sem prejudicar a própria indústria nacional?
No final das contas, parece que o governo está caminhando na corda bamba, tentando conciliar todos os interesses. As decisões devem ser anunciadas ainda hoje, após as discussões no Gecex e na Camex. É uma situação complexa, que todos nós sabemos muito bem como é, como quando você precisa estacionar e não encontra lugar — sempre há um lado que acaba não saindo satisfeito!