Os traumas da novela A Viagem nas crianças após 30 anos

A novela “A Viagem”, que estreou em 1994, é lembrada por muitos como uma verdadeira história de terror. Com elementos como fantasmas, espíritos vagando pelo “vale dos suicidas”, possessões e vilões aterrorizantes, a trama deixou marcas em crianças e adultos que a acompanharam tanto na exibição original quanto nas reprises.

Um dos personagens mais temidos é Alexandre, interpretado por Guilherme Fontes. Após sua morte, ele se torna um espírito obsessor, focado em atormentar aqueles que acredita terem lhe causado mal na vida. Entre suas vítimas estão Otávio, interpretado por Antonio Fagundes, Raul, de Miguel Falabella, e Téo, vivido por Mauricio Mattar. As expressões malignas de Alexandre e suas aparições repentinas provocam reações intensas em outros personagens, e suas cenas aterrorizantes marcam a história da novela.

As redes sociais mostram que muitos ainda se lembram do medo que sentiam ao assistir à novela. Uma usuária do X comentou que embora já tenha mais de 30 anos, o trauma de ver Alexandre persiste. Outros internautas compartilharam seus medos, como Andressa, que se recordou do susto que sentia quando o personagem atravessava objetos e “entrava” nas pessoas. Betty, outra telespectadora, revelou que cresceu em uma família com crenças espíritas e que as imagens na novela a deixaram assustada com a ideia de “desviver”, o que significa morrer de forma trágica.

Além de Alexandre, outro personagem que gerou temor foi o Mascarado, interpretado por Breno Moroni. Este personagem envolto em mistério mal assombra apenas os vizinhos, mas impressiona a todos com seu visual aterrorizante. No desenrolar da história, ele se revela como Adonay, um ex-namorado de Carmem, que utiliza a máscara para esconder cicatrizes de queimaduras. Essa revelação trouxe à tona questões sobre as dificuldades enfrentadas por quem vive com cicatrizes, ao mesmo tempo em que o Mascarado se tornava um símbolo do terror na trama. Algumas pessoas ainda guardam a lembrança dessa revelação e como o personagem impactou suas infâncias.

Por fim, temos Ismael, vivido por Jonas Bloch, que também entra para a lista dos vilões assustadores. Ele é o marido que abandonou Estela, sua esposa, e Bia, sua filha, deixando-as em dívidas. Ao voltar anos depois, seu comportamento egoísta e cruel causa grande preocupação entre os personagens, especialmente quando ele se revela violento. A trilha sonora associada a Ismael intensifica a atmosfera de medo, levando o público a considerá-lo um verdadeiro “diabo”, conforme compartilhado por alguns telespectadores nas redes sociais.

Esses personagens contribuíram para a atmosfera de horror que permeia “A Viagem”, garantindo que a novela seja lembrada como uma das mais impactantes da televisão brasileira. As memórias e experiências em torno da trama continuam vivas, revelando o impacto duradouro que histórias de terror podem ter na vida dos espectadores.