Nos últimos dias, os preços do café passaram por diversas oscilações, refletindo mudanças significativas no mercado. Uma das principais razões para essas variações foi o avanço da colheita de café no Brasil, junto com movimentações técnicas nos mercados internacionais. De acordo com análises de especialistas, tanto o café arábica, negociado em Nova Iorque, quanto o robusta, em Londres, apresentaram quedas acentuadas devido ao aumento da oferta no Brasil.
A colheita do café brasileiro está avançando, o que trouxe um volume maior de grãos para o mercado. Isso influenciou diretamente os preços, que se tornaram mais voláteis. Um fator adicional que contribuiu para essa situação foram os ajustes de posições no mercado futuro, que ocorreram pouco antes do vencimento do contrato de julho em Nova Iorque. Como a bolsa estava fechada para um feriado no dia 19 de junho, muitos operadores anteciparam suas ações no dia 18 para gerenciar riscos.
No mercado nova-iorquino, o contrato de café arábica com vencimento em setembro apresentou uma queda de 3.095 pontos, o que equivale a uma desvalorização de 8,9%. A cotação final foi de 315,05 centavos de dólar por libra-peso. Em Londres, a situação foi ainda mais crítica para o café robusta, que viu seu contrato de setembro cair USD 550,00 por tonelada, resultando numa desvalorização de 12,8%, fechando a cotação a USD 3.737,00 por tonelada.
Esses movimentos deixam claro como o andamento da colheita e fatores técnicos podem influenciar os preços no curto prazo. No entanto, há expectativas de um clima mais frio nas próximas semanas no Brasil, o que pode impactar a produção de café, podendo reduzir a oferta no mercado. Essa previsão de frio cria uma expectativa de valorização para o café, já que a diminuição da oferta pode elevar os preços nas próximas semanas.
