
Após um junho com chuvas fortes e enchentes, a previsão para julho indica que as precipitações devem ficar próximas da média histórica, segundo especialistas em meteorologia. Esse mês é considerado o pico do inverno brasileiro, que engloba junho, julho e agosto. Embora comece com uma onda de frio intensa, espera-se que não seja tão gelado quanto junho.
Historicamente, julho é marcado por ondas de frio significativas. Em 2000, por exemplo, a temperatura caiu abaixo de zero em várias localidades do Sul do Brasil. Outro evento notável ocorreu em 2021, quando nevou na Serra Gaúcha.
No Rio Grande do Sul, julho tende a ser um mês chuvoso. Em contraste, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, a seca se intensifica, resultando em pouca chuva, o que, por sua vez, ajuda a transportar umidade para o sul, inclusive para o estado gaúcho, além de Argentina e Uruguai.
Em Porto Alegre, a temperatura mínima média de julho é de 10,4ºC, a mais baixa do ano. A temperatura máxima média, por sua vez, é de 19,7ºC, também a menor entre todos os meses. A temperatura média mensal fica em torno de 14,1ºC. Analisando os dados das últimas décadas, julho se comprovou como o mês mais frio do ano na capital gaúcha.
Em relação à chuva, Porto Alegre registra uma precipitação média de 163,5 mm em julho, a maior do ano, seguida por outubro, setembro e junho. Ao analisar as séries históricas, percebe-se que, nos últimos 30 anos, julho tem sido mais frio e chuvoso em Porto Alegre.
Além disso, a análise das temperaturas no Pacífico Equatorial Central indica uma anomalia de +0,1ºC, sinalizando um estado de neutralidade, sem El Niño ou La Niña presente. Esse cenário deve persistir durante julho, com variações de temperatura, mas sem configurações que indiquem fenômenos extremos.
As previsões apontam um consenso de que as chuvas em julho podem ocorrer perto ou abaixo da média em grande parte do Centro-Sul do Brasil. No Sul, espera-se que o Rio Grande do Sul não tenha as mesmas quantidades de chuva que os meses anteriores. Em algumas áreas do Paraná, a situação pode ser ainda mais crítica, com chuvas muito abaixo da média. Santa Catarina também pode enfrentar um mês com menor precipitação.
As chuvas em julho devem ser menos frequentes, especialmente devido à presença de uma forte massa de ar frio no início do mês. A expectativa é que as áreas gaúchas tenham precipitações em níveis próximos ou abaixo da média, com possibilidade de chuvas acima da média no centro da Argentina e Uruguai, que podem impactar o Sul do Brasil.
Em relação às temperaturas, julho deve apresentar níveis sem grandes desvios da média histórica em grande parte do Sul. No entanto, há uma chance maior de temperaturas acima da média no Noroeste e Norte do Paraná, enquanto o Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, pode enfrentar temperaturas mais baixas.
O início de julho trará um frio intenso ao Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina, especialmente nos primeiros dias do mês. Já na segunda semana, as temperaturas devem subir, proporcionando dias mais agradáveis. Nas semanas seguintes, não se espera um frio intenso prolongado. Historicamente, as principais ondas de frio têm chegado a cada 30 dias desde maio, e o começo deste mês será o mais gelado, a menos que surjam surpresas no final de julho.