
A idade média de fecundidade no Brasil em 2022 apresentou variações significativas entre os estados. No Pará, essa idade foi de 26,8 anos, enquanto no Distrito Federal a média chegou a 29,3 anos, a mais alta do país. Para comparação, em 2010, as idades médias eram de 25,4 anos e 28,2 anos, respectivamente.
O estado que registrou o maior aumento na idade média de fecundidade foi Rondônia. A média passou de 25,6 anos em 2010 para 27,5 anos em 2022, uma elevação de 1,9 anos. Os estados do Sul e do Sudeste continuam a ter as maiores médias na fecundidade. Além do Distrito Federal, destacam-se o Rio Grande do Sul com 29,0 anos, São Paulo com 28,9 anos e Santa Catarina com 28,7 anos.
Essas mudanças refletem várias transformações na sociedade, segundo dados do IBGE. O aumento da escolaridade entre as mulheres, a entrada delas no mercado de trabalho e o fácil acesso a métodos contraceptivos têm sido fatores importantes. Adicionalmente, mudanças nas aspirações familiares e profissionais, bem como o aumento do custo de vida nas grandes cidades e o desejo por maior estabilidade financeira antes de ter filhos, também têm influenciado esse cenário.
A pesquisa sobre fecundidade abrangeu mulheres a partir de 12 anos e considerou o número de filhos nascidos vivos até 31 de julho de 2022. Para que um filho fosse contabilizado como nascido vivo, era necessário que, após o parto, apresentasse qualquer sinal de vida, como respiração ou batimento cardíaco, mesmo que tenha falecido logo depois.