
Jon Jones anunciou sua aposentadoria, encerrando uma carreira marcada por muitos títulos e vitórias no UFC, conforme revelou Dana White, o CEO da organização, em uma coletiva de imprensa no último sábado. Durante o evento, White confirmou que Jones decidiu se retirar após um longo período de reflexão.
Jones, que tem 37 anos, fez uma postagem em suas redes sociais na qual expressou entusiasmo sobre seu futuro e suas novas formas de contribuir para o esporte. Ele agradeceu aos fãs por acompanharem sua trajetória e deixou claro que ainda pretende inspirar outros.
Com a aposentadoria de Jones, o cenário da divisão dos pesos pesados do UFC se torna incerto. White anunciou que Tom Aspinall, o atual campeão interino da categoria, estará presente na próxima UFC International Fight Week, onde será discutido o futuro da divisão. Aspinall é visto como uma das principais figuras a seguir, especialmente após a inatividade de Jones.
A expectativa de um confronto entre Aspinall e Jones pairava sobre o UFC por meses, especialmente depois que Jones defendeu seu título pesado em novembro contra Stipe Miocic. Essa situação gerou grande ansiedade entre os fãs, levando a uma petição que reuniu mais de 195 mil assinaturas pedindo que Jones fosse destituído do título.
Dois semanas antes da aposentadoria, White manteve a esperança de que o combate ainda aconteceria, informando que Jones havia aceitado um acordo, mas ainda não havia assinado o contrato. No entanto, ao se manifestar, Jones indicou que não tinha controle sobre os planos da divisão e que não havia decidido sua próxima movimentação no esporte, sugerindo até um possível embate com o ex-campeão Francis Ngannou, uma ideia que White descartou rapidamente.
No que diz respeito a sua trajetória no UFC, Jon Jones acumulou um impressionante recorde de 28 vitórias, uma derrota e nenhum empate. Ele se destacou ao se tornar o campeão mais jovem da história do UFC, conquistando o título dos meio-pesados aos 23 anos, ao vencer Maurício Rua em 2009. Depois de dominar essa categoria, Jones voltou ao octógono para vencer o título dos pesos pesados em 2023, derrotando Ciryl Gane após três anos afastado.
Entretanto, sua carreira não foi isenta de polêmicas, já que ele enfrentou questões legais e foi suspenso duas vezes pela Agência Antidoping dos Estados Unidos por uso de substâncias proibidas.