
O novo observatório Vera C. Rubin, dedicado à astrônoma pioneira Vera Rubin, começou a enviar suas primeiras imagens, revelando a luz de milhões de estrelas e galáxias distantes. As imagens iniciais, disponibilizadas por meio do canal no YouTube da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NSF), são apenas um pequeno aperitivo do que o observatório poderá descobrir nas próximas décadas. O observatório tem como objetivo explorar os mistérios do universo e já fez a descoberta de 2.104 asteroides, incluindo sete próximos à Terra, sem nenhum risco para nosso planeta.
Com um projeto que deve durar dez anos, o Vera C. Rubin é o maior telescópio do mundo em termos de capacidade de captura de imagens. Durante mais de dez horas de observação, o telescópio fornece um vislumbre do que está por vir. A equipe do observatório acredita que ele irá captar mais informações sobre o universo do que todos os telescópios ópticos já construídos ao longo da história.
O dispositivo está programado para iniciar sua missão de exploração científica em 4 de julho. Localizado no alto da montanha Cerro Pachón, no Chile, o observatório foi construído em uma região favorável para observações astronômicas, caracterizada por céus escuros e ar seco. O telescópio possui um espelho de 8,4 metros de diâmetro e, em suas primeiras noites de operação, fará imagens de todo o céu do hemisfério sul.
Entre suas inovações, o observatório possui um design de espelho e uma câmera altamente sensível que permitem detectar objetos pequenos e tênues, como asteroides. O Vera C. Rubin deverá registrar milhares de imagens por noite para catalogar mudanças de brilho, apontando asteroides que poderiam ser perigosos para a Terra.
Os dados coletados poderão ajudar a desvendar o comportamento de galáxias, estrelas e outros fenômenos. O objetivo final é realizar a “Legacy Survey of Space and Time”, que irá registrar a movimentação de asteroides, cometas e estrelas em uma espécie de filme do universo ao longo de uma década.
As imagens iniciais incluem um vídeo de cerca de 10 milhões de galáxias, mostrando a capacidade impressionante do telescópio. Além disso, uma visualização em mosaico dos nebulosas Trifid e Lagoon, que são regiões de formação estelar, revelou detalhes invisíveis previamente, como nuvens de gás e poeira.
Os cientistas esperam que o observatório não apenas contribua para a compreensão do universo, mas também ajude a identificar novos tipos de objetos celestes. Com isso, o Vera C. Rubin se tornará um “máquina de descobertas”, guiando observações de outros telescópios e expandindo o conhecimento sobre a composição do cosmos e a existência de matéria e energia escuras, misteriosas e ainda não totalmente compreendidas.