Brasil em alerta de gripe aviária: entenda como a doença funciona e proteja-se!

A gripe aviária se tornou um problema no mundo todo e, recentemente, chegou ao Brasil. Contudo, as informações desencontradas podem causar um pânico desnecessário.

A gripe aviária voltou a gerar preocupação no Brasil após a confirmação de novos focos da doença em diferentes pontos do país. Esse tipo de influenza, classificado como de alta patogenicidade, afeta aves silvestres e comerciais, podendo provocar grande impacto econômico e sanitário.

A gravidade da situação levou autoridades estaduais e federais a adotarem medidas emergenciais, visando conter a disseminação do vírus. O alerta se estende não apenas ao setor agropecuário, mas também à população em geral, que precisa manter atenção redobrada.

Diante desse cenário, compreender as ações adotadas, os riscos envolvidos e as orientações de consumo torna-se essencial para atravessar o momento com segurança e responsabilidade. Além disso, é importante se informar para não haver pânico generalizado.

A gripe aviária tem se espalhado por todo o mundo e finalmente chegou ao Brasil. Entenda a situação.
A gripe aviária tem se espalhado por todo o mundo e finalmente chegou ao Brasil. Entenda a situação. / Fonte: @BernhardJaeck no Pixabay

Brasil declara alerta de gripe aviária

A identificação de dois focos de gripe aviária de alta patogenicidade no Rio Grande do Sul motivou o governo estadual a decretar estado de emergência em saúde animal. Essa decisão visa agilizar ações de contenção e controle do vírus, especialmente na região metropolitana de Porto Alegre.

Um deles ocorreu em uma granja comercial no município de Montenegro, e o outro no zoológico de Sapucaia do Sul, ambos em áreas com grande densidade populacional de aves. O decreto terá validade de 60 dias e abrange 12 municípios, incluindo Canoas, Gravataí, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

A medida estabelece restrições sanitárias imediatas, como o bloqueio da movimentação de materiais que possam disseminar o vírus. Isso inclui desde ração e equipamentos até o transporte de aves entre propriedades. As restrições poderão levar à interdição de estradas e ao isolamento de áreas críticas.

Além disso, o decreto permite ao secretário de Agricultura do estado editar normas complementares, garantindo maior agilidade nas respostas diante de novos focos. Essas decisões seguem protocolos previstos em acordos internacionais sobre segurança sanitária animal.

No âmbito nacional, o governo federal adotou medidas complementares ao declarar emergência sanitária em um raio de 10 quilômetros ao redor da granja de Montenegro. A morte de cerca de 17 mil aves nessa unidade despertou preocupação nas autoridades sanitárias e comerciais.

O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, sofreu embargos de países como China, União Europeia, Chile, Argentina e México. No entanto, outras nações seguem o princípio de regionalização, mantendo as compras desde que os produtos estejam fora da zona de risco definida.

Saiba mais: 5 dicas para ACABAR com escorpiões e como evitar que eles cheguem na sua casa!

Medidas para controlar que a gripe aviária se espalha

Diante da gravidade do cenário, o Brasil reativou o Plano de Contingência Nacional do Setor Saúde para Influenza Aviária, que define protocolos de resposta rápida. As ações envolvem desde a vigilância ativa em granjas e áreas naturais até o descarte sanitário de animais infectados.

Equipes técnicas monitoram constantemente a movimentação de aves, especialmente em áreas próximas aos focos já identificados, e realizam inspeções sanitárias rigorosas nas propriedades. A contenção da gripe aviária depende também da colaboração de criadores e profissionais do setor avícola.

O governo orienta que qualquer sinal de alteração no comportamento das aves, como queda na postura de ovos, dificuldade respiratória ou mortalidade repentina, seja imediatamente comunicado às autoridades sanitárias.

Além disso, os responsáveis pelas granjas devem reforçar a higiene dos ambientes, impedir o acesso de pessoas não autorizadas e manter registros atualizados de movimentação de animais e produtos. Outra frente importante se concentra na comunicação com a população.

O Ministério da Agricultura reforça que a gripe aviária, até o momento, não afetou a cadeia de abastecimento, e o controle regionalizado permite que áreas livres da doença continuem produzindo e exportando com segurança.

Saiba mais: Golpe do Kwai usa vídeos falsos de famosos para arrancar dinheiro de usuários: entenda

Ainda posso consumir carne de frango e ovos?

Mesmo com os focos registrados, autoridades brasileiras garantem que o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro, desde que sejam respeitadas boas práticas de higiene e preparo. A gripe aviária não é transmitida por meio de alimentos devidamente cozidos, pois o calor elimina o vírus.

Evitar o consumo de produtos crus ou malpassados se torna essencial. O ideal é cozinhar frangos até que a carne perca qualquer tom rosado e atinja, no mínimo, 75 °C internamente. Os ovos devem ser consumidos totalmente cozidos, com gema e clara firmes.

Além disso, manter as mãos, utensílios e superfícies limpas durante o preparo reduz as chances de contaminação cruzada com outros alimentos. Consumidores também devem adquirir produtos apenas de estabelecimentos autorizados e com selo de inspeção sanitária.

Mesmo em períodos de surto, o sistema de fiscalização brasileiro permanece ativo, garantindo que apenas produtos seguros cheguem ao mercado. Dessa forma, é possível continuar consumindo carne de frango e ovos sem preocupações, desde que com os devidos cuidados.

Evite contato com animais infectados

A gripe aviária se transmite principalmente por contato direto com aves infectadas ou seus resíduos, o que exige atenção redobrada de quem cria ou lida com esses animais. Sintomas da doença em aves podem variar, mas alguns sinais devem servir como alerta imediato.

Sintomas em aves infectadas incluem:

  • Falta de apetite repentina;
  • Diminuição ou interrupção da postura de ovos;
  • Dificuldade para respirar ou secreções nasais;
  • Plumagem eriçada e aparência abatida;
  • Mortes súbitas sem explicação aparente.

Quem cria galinhas, patos ou outros tipos de aves domésticas precisa monitorá-las constantemente e manter ambientes limpos e fechados, sem acesso de aves silvestres. Caso observe qualquer um desses sintomas, o responsável deve comunicar imediatamente os órgãos de vigilância sanitária local.

Evitar o manuseio direto das aves doentes e desinfetar o local também são ações urgentes que impedem a propagação do vírus. Trabalhadores do setor avícola devem usar equipamentos de proteção, como luvas, botas e máscaras, sempre que lidarem com animais.

Higienizar as mãos com frequência e manter a vigilância ativa ajuda a identificar sinais precoces da doença. Com informação, prevenção e resposta rápida, é possível conter a gripe aviária e proteger a saúde de todos.

Veja mais: Não sabe onde está seu NIS? Veja agora como encontrar o número e consultar benefícios