O rapper Sean “Diddy” Combs foi absolvido das acusações mais sérias, mas foi considerado culpado de duas contagens de transporte para envolvimento em prostituição. Cada uma dessas contagens pode resultar em até 10 anos de prisão.
As acusações relacionadas ao transporte envolvem Combs levando suas então namoradas, Cassie Ventura e uma mulher identificada como “Jane”, além de acompanhantes masculinos, através de fronteiras estaduais para fins de prostituição. A acusação referente a Ventura diz respeito ao período em que eles se relacionaram, de 2007 a 2018. A outra acusação tem a ver com Jane, que se relacionou com Combs de 2021 a 2024 e prestou depoimento usando um nome fictício.
Jane declarou ter participado, ao lado de Combs, de “noites de hotel” entre maio de 2021 e outubro de 2023, em várias cidades, incluindo Los Angeles, Nova York, Miami e Turks e Caicos. Ventura também testemunhou que as chamadas “Freak Offs” ocorreram em algumas das mesmas cidades, além de Atlanta e Las Vegas. Ela destacou que algumas acompanhantes masculinas participaram dessas “Freak Offs” em diferentes estados, recebendo entre 1.500 e 6.000 dólares em dinheiro, entregue por Combs.
Documentos apresentados em tribunal, como registros de voos, cobranças da American Express e faturas de hotéis, corroboraram o depoimento de Ventura. O júri teve acesso a vídeos de conteúdo sexual envolvendo Ventura e Jane com acompanhantes masculinos. Esses vídeos foram alinhados com as datas de diversos registros de voos e faturas de hotéis, segundo a acusação. A defesa, no entanto, argumentou que não havia provas suficientes de que os acompanhantes e entertainers foram pagos especificamente por prostituição, mas sim pelo tempo que passaram com as mulheres.
Uma especialista em direito, Misty Marris, comentou sobre as contagens de transporte, afirmando que os promotores conseguiram provar suas alegações de forma clara. Ela ressaltou a simplicidade da questão: se as pessoas atravessaram fronteiras estaduais com a intenção de se envolver em prostituição.
