Eua afirmam ter atingido locais nucleares do Irã

Um intenso ataque aéreo dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã foi realizado no último domingo, em uma operação chamada “Operação Martelo da Meia-Noite”. O General Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, compartilhou detalhes sobre a complexidade da missão durante um briefing no Pentágono.

O início da operação ocorreu logo depois da meia-noite, quando o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, se reuniu com o Presidente dos EUA, Donald Trump, o Vice-Presidente JD Vance, e outros altos oficiais do Pentágono na Sala de Situação da Casa Branca. Por volta da meia-noite, os bombardeiros stealth B-2 decolaram da Base Aérea de Whiteman, em Missouri, com o objetivo de atingir os locais nucleares mais protegidos do Irã.

Os B-2 são aeronaves sub-sônicas que carregavam poderosas bombas penetrantes, capazes de atravessar até 18 metros de concreto. Essas armas eram necessárias para atingir a instalação de enriquecimento nuclear de Fordo, que está situada a profundidades consideráveis e é central no programa nuclear iraniano. Este tipo de armamento é exclusivo dos Estados Unidos.

Enquanto isso, a atenção do mundo se voltava para o Pacífico, onde eram esperados bombardeiros enviados para Guam. Entretanto, essa manobra foi uma tática de distração para encobrir os voos secretos que se dirigiam para o Irã pelo Atlântico. O General Caine destacou que a operação foi planejada de forma cuidadosa, com um número muito restrito de pessoas a par dos detalhes.

O ataque ocorreu sem que a defesa aérea iraniana reagisse. Os bombardeiros foram acompanhados por aeronaves de apoio para garantir sua segurança, mas não houve interceptação por caças iranianos. A ausência de resposta militar resultou, segundo especialistas, na facilidade com que as aeronaves americanas puderam operar.

Cerca de uma hora e meia após a entrada no espaço aéreo iraniano, os bombardeiros lançaram suas armas. O primeiro ataque foi realizado por volta das 18:40 EDT, quando o bombardeiro líder soltou duas bombas conhecidas como MOPs, que têm a capacidade de penetrar grandes profundidades de concreto e terra, atingindo as limitações das instalações de Fordo.

No total, 14 MOPs foram lançadas em Fordo e em uma segunda instalação nuclear, em Natanz, enquanto mais de duas dúzias de mísseis Tomahawk foram disparados de um submarino no Mar Arábico, atingindo o local nuclear próximo a Isfahan. Após 18 horas de voo e cerca de 25 minutos para acertar os alvos, os bombardeiros abandonaram o Irã.

Ao todo, cerca de 75 armas guiadas de precisão e mais de 125 aeronaves dos EUA foram utilizadas na operação. O Secretário Hegseth declarou que a missão resultou em uma destruição significativa das capacidades nucleares do Irã. Contudo, a extensão total dos danos provocados ainda não foi avaliada, e o Irã minimizou a magnitude da operação, sem oferecer detalhes sobre a sequência dos eventos.