Preço médio dos carros novos no Brasil supera R$ 150 mil

O mercado de carros novos no Brasil está passando por uma verdadeira revolução. Para quem compra no varejo, os preços estão nas alturas! Com o aumento nos valores e os juros lá em cima, os modelos mais acessíveis estão ficando cada vez mais distantes do consumidor comum. Agora, quem faz sucesso são os SUVs e carros que custam acima de R$ 150 mil.

De acordo com a K.Lume Consultoria, baseada em dados da Fenabrave, o preço médio dos carros de passeio subiu de R$ 147,7 mil em julho para R$ 152,7 mil em agosto. Isso significa um aumento de 3,4%! Essa mudança revela que os veículos populares perderam bastante espaço, enquanto os SUVs, sejam eles médios ou compactos, estão dominando as vendas.

Dando uma olhada no ranking de agosto, fica claro que essa tendência é real. Os modelos que mais venderam incluem o Hyundai Creta, o Toyota Corolla Cross, o Volkswagen T-Cross, o Fiat Fastback e o Chevrolet Tracker. Todos esses carros já estão custando em média R$ 120 mil ou mais. O único “jovem” que ainda aparece com força é o Volkswagen Polo.

Modelos como o Renault Kwid e o Fiat Mobi, que eram populares, praticamente sumiram das vendas no varejo. Eles estão sustentando suas vendas apenas em negociações com locadoras, PcDs e motoristas de aplicativo. Para você ter uma ideia, em agosto, incríveis 97,6% dos emplacamentos do Mobi aconteceram nessas modalidades.

Agosto fechou com um total de 213,8 mil veículos vendidos, somando carros de passeio e comerciais leves — uma queda de quase 7% em comparação a julho. Porém, se olharmos para o acumulado do ano, o mercado já soma 1,57 milhão de unidades vendidas, com um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Esse novo perfil de mercado reflete muitos fatores: os custos de produção estão altos, o real desvalorizado e as montadoras estão priorizando modelos mais rentáveis, como SUVs e picapes. Incentivos como a redução do IPI não estão fazendo grande diferença para o segmento de entrada, que continua fraco.

O resultado é que quem depende de crédito para comprar um carro zero está enfrentando dificuldades. A renda baixa foi deixada de lado, e quem ainda consegue pagar um pouco mais caro acaba sustentando o mercado. Isso deixa o setor mais restrito, com preços médios recordes, cada vez mais longe do alcance da maioria dos consumidores.