
A primeira fábrica da Great Wall Motor (GWM) no Brasil vai ser inaugurada nesta sexta-feira, dia 15, em Iracemápolis, São Paulo. E adivinha só? Esse lugar foi onde a Mercedes-Benz fabricou carros até 2021. Nesse novo espaço, a GWM já começou com cerca de 400 funcionários. Mas a previsão é animadora: até o final de 2025, a fábrica pode gerar entre 800 e 1.000 empregos.
Essa planta vai ter a capacidade de produzir até 50 mil carros por ano, com um foco especial em modelos híbridos e elétricos. E olha que legal: o primeiro carro a sair das linhas de montagem será o SUV Haval H6. No começo, ele vai usar peças importadas, mas a empresa já tem planos para que 60% dos componentes sejam nacionais em três anos. Coisas como pneus, vidros e bancos vão passar a ser feitos aqui mesmo.
A GWM lançou um super investimento, totalizando R$ 10 bilhões até 2032, com R$ 4 bilhões até 2026 e o restante depois. Isso mostra o quanto a montadora acredita no mercado brasileiro e sua intenção de se estabelecer por aqui.
A inauguração vai contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visita o estado pela nona vez só este ano, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Esse evento acontece no momento em que os Estados Unidos começam a taxar produtos brasileiros em 50%. Essa situação está ligada à aproximação do Brasil com a China e outros membros dos BRICS.
A chegada da GWM é um sinal da crescente presença das montadoras chinesas no Brasil, algo que começou há três anos com marcas como a BYD. E não é por acaso: só de janeiro até julho, os veículos elétricos e híbridos tiveram um crescimento de 46,8%. Para você ter uma ideia, 63,5% dos 139,2 mil veículos desse segmento vendidos foram de fabricantes chinesas.
Além disso, o governo brasileiro está comprometido em desenvolver o setor automotivo com outras montadoras, como a BYD, que está investindo R$ 5,5 bilhões na sua fábrica em Camaçari, na Bahia. Isso tudo faz parte do programa federal MoVer, que incentiva a mobilidade verde e o uso de componentes feitos no Brasil.
Essas novas montadoras estão balançando o mercado brasileiro de diversas formas, desde a quebra de velhos paradigmas em relação à fidelidade a marcas tradicionais até a maneira como os modelos são nomeados. Com essa mudança, o Brasil está se preparando para uma nova era na indústria automotiva, principalmente em eletromobilidade, um campo onde as marcas tradicionais ainda têm muito a aprender.