
Os preços da soja e do milho estão em alta, movimentando o mercado agrícola nos últimos dias. Essa valorização é impulsionada por três fatores principais: a nova regulamentação do biodiesel nos Estados Unidos, o retorno dos impostos de exportação na Argentina e a elevação nos preços do petróleo.
Na Bolsa de Chicago, os contratos de soja com vencimento em novembro tiveram um aumento de 2%, alcançando o valor de US$ 20,70 por bushel. A primeira data de vencimento também registrou um avanço significativo, com alta de 2,23%. Esta mudança nos preços tem ligação direta com a decisão dos Estados Unidos de que o biodiesel deverá ser produzido exclusivamente com óleo americano, proibindo a importação de óleos usados provenientes de outros países, como China e Europa.
Por outro lado, nos próximos dias, o mercado deve apresentar menos volatilidade devido ao feriado de 4 de julho nos Estados Unidos. Historicamente, a véspera desse feriado é marcada por um volume menor de negociações, o que tende a estabilizar os preços.
Em relação ao milho, sua valorização acompanhou a alta da soja e também foi influenciada pela decisão da Argentina de reintroduzir impostos sobre as exportações de milho e soja, após um período de suspensão. O contrato de milho que apresenta maior negociação subiu cerca de 3%, fechando acima de US$ 418 por bushel. No Brasil, os contratos de milho também mostraram resultados positivos, com atenção especial ao contrato CCMX, que pode ser considerado para compras futuras, dependendo de seu desempenho em relação à média de 50 períodos.
Enquanto isso, os preços do café estão em queda. Essa diminuição é atribuída à baixa demanda durante o verão no Hemisfério Norte e ao avanço da colheita no Brasil, que deve se intensificar nos próximos dias. Diante dessa situação, investidores e compradores estão preferindo utilizar os estoques existentes em vez de realizar novas aquisições, à espera de preços mais acessíveis. No total, o café já acumulou uma queda de quase 11% em apenas oito sessões consecutivas.