
O novo filme da franquia “Jurassic World”, intitulado “Jurassic World: Recomeço”, chega aos cinemas brasileiros no dia 3 de julho. Com grandes estrelas como Scarlett Johansson e Jonathan Bailey no elenco, a produção promete ação e aventura. Porém, a trama traz à tona a sensação de repetição, utilizando uma fórmula que já foi explorada em filmes anteriores da série.
Na história, Johansson interpreta Zora Bennett, uma mercenária contratada por uma empresa farmacêutica. Sua missão é recuperar DNA de dinossauros para desenvolver um medicamento que visa prevenir doenças cardíacas. Essa ação promete altos lucros para a empresa, mas também coloca Zora em situações de extremo perigo. Jonathan Bailey, por sua vez, assume o papel do Dr. Henry Loomis, um paleontólogo que se junta a Zora nessa perigosa jornada na busca por dinossauros em uma ilha equtorial abandonada.
Rupert Friend faz o papel do antagonista, um representante ganancioso da empresa farmacêutica. Mahershala Ali completa o elenco como um marinheiro confiável, que auxilia Zora e Henry na expedição.
Como acontece em muitos filmes da série “Jurassic”, também há uma subtrama envolvendo uma família em apuros. O pai, Reuben, interpretado por Manuel Garcia-Rulfo, está em um passeio de barco com suas filhas, Teresa e Isabella, e o namorado de Teresa, Xavier. A situação se torna tensa quando o barco é atacado por um dinossauro marinho, criando um suspense que contrasta com a expedição de Zora e Henry.
Apesar de muitos elementos visuais impressionantes e dinossauros com um design melhorado, a emoção parece faltar no filme. A trama sobre a família é mais envolvente e eficaz, já que os personagens estão em constante risco, fazendo com que a audiência se importe mais com eles. Enquanto isso, os perigos enfrentados por Zora e Henry não conseguem criar a mesma tensão.
O diretor, Gareth Edwards, conhecido por seu trabalho em “Rogue One: Uma História Star Wars”, tenta trazer momentos de ação, mas muitos se mostram previsíveis e sem a mesma intensidade que marcaram a franquia. Enquanto as cenas com a família são repletas de suspense, as sequências com os protagonistas falham em prender a atenção do público.
O filme tenta evocar a emoção dos primeiros filmes da franquia, mas, mesmo com a participação de figuras icônicas como Spielberg na produção, “Jurassic World: Recomeço” não consegue alcançar a mesma qualidade ou impacto que o original “Jurassic Park”. O filme apresenta dinossauros cujas aparições, embora impressionantes, não geram o mesmo espanto que outrora. Em uma cena, um grupo de dinossauros é mostrado em um ambiente pacífico, mas isso apenas ressalta a eficácia do filme de Steven Spielberg, que permanece insuperável.
Em meio a uma tentativa de inovação, o filme reafirma a necessidade de novas abordagens na narrativa e na criação de tensão, antes que o interesse do público por dinossauros comece a diminuir.