No último dia 25, o ex-governador de São Paulo, João Doria, abandonou a gravação do programa de entrevistas “No Alvo”, que deve estrear no SBT em julho. Doria descreveu o momento como o maior constrangimento que já enfrentou em sua vida.
O desconforto de Doria começou com uma pergunta de caráter pessoal, relacionada a um suposto vídeo erótico envolvendo garotas de programa, que circulava durante sua campanha eleitoral em 2018. O ex-governador expressou que já estava incomodado com o tipo de perguntas feitas pelos apresentadores.
Ele comparou o programa a um formato ultrapassado e piorado, destacando que, ao ser questionado sobre a opinião de sua esposa a respeito do vídeo, considerou a situação desrespeitosa. Doria afirmou que não tinha conhecimento prévio sobre a natureza das perguntas e teria recusado a participação se soubesse que seria submetido a esse tipo de inquisição.
Após sua saída, o ex-governador contou que recebeu desculpas de diretores e produtores da emissora, mas decidiu não voltar para as gravações. Ele disse que autorizou sua presença no programa com confiança, mas agora desautorizou a exibição do episódio, ressaltando que já participou de outros programas, onde as perguntas eram desafiadoras, mas educadas, como as propostas pelo apresentador Danilo Gentili.
Doria lembrou que participou de diversos debates políticos, enfrentando questões difíceis, mas nenhum deles foi tão constrangedor quanto sua experiência no programa “No Alvo”. Ele reiterou que, se tivesse percebido o tom do programa, não teria concordado em participar.
Em resposta à situação, o SBT confirmou que Doria abandonou a gravação do programa. A emissora explicou que o estilo “No Alvo” é feito para trazer perguntas mais diretas e polêmicas às personalidades. O programa é inspirado em formatos de entrevistas que foram populares, como o “Advogado do Diabo”, que era conhecido por suas questões controversas.
