A hipertensão é um problema que atinge milhares de brasileiros todos os anos, mas que pode ser controlada ao perceber alguns sintomas.
A hipertensão arterial representa uma das condições crônicas mais prevalentes entre os brasileiros, afetando uma parcela significativa da população adulta. Segundo os dados mais recentes do Vigitel 2023, cerca de 27,9% dos brasileiros já receberam diagnóstico confirmado de pressão alta.
Outros levantamentos e estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que esse número pode chegar a 30%. Isso significa que quase um em cada três adultos vive com o risco constante de complicações cardiovasculares, renais e neurológicas associadas à doença.
Com essa prevalência elevada, cresce também a importância de conscientizar sobre os fatores de risco, os sintomas e as formas de diagnóstico e tratamento. A hipertensão, embora silenciosa na maioria das vezes, exige acompanhamento regular e ações preventivas para garantir qualidade de vida.

Neste artigo, você confere:
Quais as causas da hipertensão?
A hipertensão arterial pode se desenvolver por múltiplos fatores, que envolvem desde predisposição genética até hábitos inadequados de vida. Um dos principais elementos causadores é o fator hereditário. Pessoas com histórico familiar de pressão alta apresentam maior tendência a desenvolver a doença.
No entanto, mesmo quem não tem antecedentes pode se tornar hipertenso caso adote comportamentos que favoreçam esse quadro clínico. A falta de atividade física, o consumo excessivo de sal e o estresse contínuo estão entre os principais gatilhos da pressão elevada.
Outro fator determinante é a alimentação desequilibrada. Dietas ricas em alimentos ultraprocessados, embutidos e industrializados aumentam significativamente os níveis de sódio no organismo, o que interfere diretamente no controle da pressão arterial.
O excesso de peso e a obesidade também têm ligação direta com o desenvolvimento da hipertensão, já que elevam o esforço necessário para que o coração bombeie o sangue por todo o corpo. Além disso, o consumo excessivo de álcool e o tabagismo agravam ainda mais o quadro.
Por fim, doenças associadas, como diabetes, disfunções hormonais e problemas renais, também aumentam o risco de hipertensão. A interação entre esses fatores leva à perda de elasticidade dos vasos e ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo, o que obriga o coração a trabalhar mais.
Com o passar do tempo, isso pode comprometer seriamente o funcionamento do sistema cardiovascular. A identificação precoce das causas e a adoção de hábitos saudáveis, portanto, são estratégias fundamentais para a prevenção e o controle da hipertensão.
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Quais os principais sintomas da hipertensão?
Na maioria dos casos, a hipertensão se desenvolve de forma silenciosa, sem apresentar sinais evidentes. No entanto, em situações em que a pressão arterial sobe de forma acentuada ou permanece elevada por longos períodos, o corpo pode manifestar alguns sintomas, como:
- Dor de cabeça persistente, especialmente na região da nuca
- Tonturas e sensação de desmaio iminente
- Zumbido nos ouvidos
- Visão turva ou embaçada
- Falta de ar sem esforço físico
- Palpitações ou sensação de coração acelerado
- Sangramento nasal repentino
- Enjoos ou vômitos em casos mais graves
- Dor no peito ou aperto na região torácica
- Cansaço excessivo mesmo após repouso
Esses sintomas, apesar de comuns, não se manifestam em todos os pacientes. Por isso, a medição regular da pressão arterial é essencial, inclusive para quem se considera saudável. A detecção precoce evita complicações como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.
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Quais exames apontam pressão alta?
A forma mais simples e direta de diagnosticar a hipertensão é através da aferição da pressão arterial com o uso de aparelhos validados, como os esfigmomanômetros manuais ou digitais. A medição deve ser feita em ambiente calmo, com o paciente em repouso e mais de uma vez.
Quando a pressão arterial está constantemente igual ou acima de 140 por 90 mmHg, o diagnóstico de hipertensão se confirma. Além da aferição convencional, os médicos podem solicitar o MAPA (Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial).
Ele registra os níveis de pressão por 24 horas enquanto o paciente realiza suas atividades normais. Outra opção é o MRPA (Monitoramento Residencial da Pressão Arterial), em que o próprio paciente faz medições diárias em casa com um equipamento padronizado.
Também é comum que os profissionais solicitem exames laboratoriais e de imagem para avaliar possíveis danos causados pela pressão alta em órgãos como coração, rins e olhos. Eletrocardiograma, ecocardiograma, exames de sangue e urina ajudam a determinar o estágio da doença.
Como funciona o tratamento?
O tratamento da hipertensão exige uma abordagem integrada, que envolve mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso contínuo de medicamentos. Inicialmente, os médicos orientam sobre a necessidade de reduzir o consumo de sal e aumentar a ingestão de frutas, legumes e alimentos naturais.
Além disso, é importante e abandonar hábitos nocivos como o tabagismo e o sedentarismo. A prática regular de atividades físicas, mesmo que moderadas, contribui para o controle da pressão e melhora a saúde cardiovascular como um todo.
Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes, o uso de medicamentos anti-hipertensivos se torna essencial. O tratamento farmacológico pode incluir diuréticos, bloqueadores de canal de cálcio, inibidores da ECA e betabloqueadores, dependendo do perfil clínico do paciente.
A combinação de remédios é frequente e deve ser orientada por um profissional, com monitoramento contínuo para evitar efeitos colaterais ou quedas bruscas de pressão. O sucesso no tratamento depende do comprometimento do paciente com as orientações médicas e da adesão constante a elas.
A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada de forma eficaz com acompanhamento adequado. Quando tratada corretamente, a doença deixa de representar um risco grave e permite uma vida longa e saudável. Por isso, o diagnóstico precoce e o cuidado contínuo formam a base para enfrentar a doença.
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