Brain rot já afeta milhões de pessoas no mundo. Veja o que esse fenômeno causa no cérebro e como evitar os danos causados por conteúdos digitais.
A expressão brain rot ficou conhecida nos últimos tempos e tem gerado preocupação. A tradução literal seria “apodrecimento do cérebro”, mas o uso do termo vai além disso. Na prática, o conceito trata do impacto que o excesso de conteúdo online causa nas funções mentais das pessoas.
O que chama atenção é que essa condição não aparece como uma doença oficial. Ainda assim, muitos especialistas já alertam para os riscos. Segundo estudos recentes, o consumo exagerado de vídeos curtos e estímulos rápidos pode afetar foco, memória e até tomada de decisões.
O problema cresce com o uso frequente de redes sociais como TikTok, Instagram e YouTube. Isso ocorre porque o cérebro passa a se acostumar com recompensas rápidas. Por esse motivo, atividades que exigem mais atenção se tornam cansativas ou desinteressantes.
Além disso, o fenômeno atinge principalmente os mais jovens. A facilidade de acesso a conteúdos rasos, que exigem pouco raciocínio, contribui para esse desgaste. Com o tempo, o hábito pode dificultar a concentração até em tarefas simples do dia a dia.

Brain rot: confira os detalhes
Como o brain rot afeta o cérebro?
O cérebro precisa de estímulos equilibrados para funcionar bem. Quando a pessoa se expõe apenas a vídeos curtos e conteúdos repetitivos, perde a capacidade de manter o foco. Esse efeito ocorre porque o sistema de recompensa cerebral se adapta aos estímulos fáceis e constantes.
Como consequência, tarefas comuns começam a parecer lentas. Ler um texto mais longo ou estudar se torna difícil. Além disso, o cérebro passa a buscar distrações a todo momento. Esse comportamento reduz a produtividade e pode gerar irritação.
Ao longo do tempo, outras funções mentais também são afetadas. A pessoa pode esquecer informações com mais facilidade, ter dificuldades para organizar pensamentos ou até desenvolver ansiedade. Por isso, muitos especialistas relacionam o brain rot ao excesso de tempo em frente às telas.
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Quais são os sinais de que algo está errado?
Alguns sinais aparecem de forma sutil no início. Um deles é a dificuldade em se concentrar por mais de cinco minutos. Outro é a sensação de tédio ao realizar atividades que antes eram agradáveis. Muita gente também relata cansaço mental ao tentar ler ou estudar.
Além disso, a memória recente pode ser prejudicada. A pessoa começa a esquecer o que acabou de fazer ou o que ia dizer. Outro sinal comum é a necessidade constante de checar o celular, mesmo sem motivo claro.
Esses sintomas podem piorar com o tempo, caso os hábitos não mudem. Por isso, é importante observar o próprio comportamento. Com pequenos ajustes, já é possível perceber melhora nas funções mentais.
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É possível reverter os efeitos do brain rot?

Sim. Embora o termo brain rot pareça alarmante, os efeitos não são permanentes. O primeiro passo é diminuir o tempo gasto com conteúdos rápidos. Desativar notificações, limitar o uso de redes sociais e fazer pausas durante o dia ajudam muito.
Além disso, atividades como leitura, caminhada ao ar livre e conversas presenciais estimulam o cérebro de forma mais saudável. Esses hábitos melhoram a concentração e ajudam a reprogramar o sistema de recompensa.
Outra dica é praticar atividades que exijam mais atenção, como quebra-cabeças, sudoku ou leitura de livros. Mesmo que pareçam simples, esses exercícios treinam a paciência e a memória. Com o tempo, o cérebro volta a se adaptar a tarefas mais exigentes.
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O brain rot pode ser evitado?
A prevenção passa pelo equilíbrio. Não é necessário abandonar totalmente a internet. O problema está no excesso e na qualidade do conteúdo. Ao selecionar melhor o que consome, a pessoa consegue manter a mente ativa e evitar desgastes.
Outra forma de prevenção envolve organização do tempo. Estabelecer horários para uso do celular e momentos para atividades sem tela ajuda muito. Esse tipo de rotina fortalece o autocontrole e reduz a dependência digital.
Além disso, o exemplo dentro de casa faz diferença. Se os adultos evitarem uso excessivo do celular, os mais jovens tendem a seguir esse comportamento. Dessa forma, o ambiente familiar se torna mais saudável para todos.
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