
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, anunciou que viajará à Turquia na quarta-feira, dia 19, para dar continuidade às negociações de paz com a Rússia. Durante o encontro, serão discutidos também processos de troca e repatriação de prisioneiros de guerra, que são fundamentais para ambos os lados.
Zelenskyy mencionou que a principal prioridade da Ucrânia é encontrar soluções para encerrar a guerra. Ele utilizou suas redes sociais para informar que as reuniões na Turquia visam intensificar as discussões com os parceiros do país.
O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, estará presente nas conversas em Istambul, indicando o interesse internacional na resolução do conflito.
Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que não haverá representantes russos nas discussões na Turquia. No entanto, ele enfatizou que Moscou espera saber os resultados do encontro. Peskov também comentou que o presidente russo, Vladimir Putin, está aberto a receber informações sobre as negociações, caso os participantes das reuniões considerem esse contato necessário.
A viagem de Zelenskyy ocorre após a Ucrânia ter decidido suspender as negociações de paz com a Rússia, alegando falta de avanços concretos nas conversas. Em uma declaração anterior, o vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Serhiy Kyslytsya, havia afirmado que é impossível ter discussões produtivas com as equipes de negociação da Rússia, referindo-se ao governo russo como liderado por um “ditador”.
Apesar da suspensão das negociações diretas, no dia 16 de novembro, o governo da Ucrânia anunciou que retomaria as conversas indiretas sobre a troca de prisioneiros com a Rússia. Segundo o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, essas discussões focarão na implementação dos “Acordos de Istambul”.
O último encontro entre as delegações russa e ucraniana ocorreu em Istambul no final de julho. Idealizado como um esforço para retomar as negociações, esse encontro foi a terceira rodada de conversas desde que os diálogos foram reiniciados em 2025. Contudo, as reuniões até o momento não resultaram em acordos significativos para terminar o conflito, limitando-se a discussões sobre a troca de corpos e prisioneiros de guerra.

