Frenagem autônoma opcional de R$ 2 mil para argentinos no Brasil

Lançado no dia 12 de agosto, o VW Tera fez sua estreia fora do Brasil e a primeira parada foi na Argentina. O novo SUV se posiciona entre o Polo e o Nivus, assim como aqui. O que chama a atenção, porém, é que por lá o modelo vai ser um pouco menos seguro do que o que conhecemos.

Enquanto nosso Tera vem equipado com itens de segurança que garantem boa nota em testes, o modelo argentino chega sem a frenagem autônoma de série. Esse é um recurso que fez toda a diferença nas avaliações do Latin NCAP. Para os hermanos, quem quiser esse equipamento vai precisar desembolsar mais: 483 mil pesos (cerca de R$ 2.001) na versão de entrada, chamada Trend, e 800 mil pesos (aproximadamente R$ 3.336) na Comfort.

Durante a apresentação do Tera, o gerente de produto da VW Argentina, Francesco Pecchia, foi questionado sobre essa decisão. Ele admitiu que a escolha de não incluir certos equipamentos de segurança foi deliberada e parte da estratégia da marca por lá. A ideia é oferecer um preço mais atraente, mantendo a avaliação com cinco estrelas com o que consideram o essencial: seis airbags e uma estrutura que se saiu bem nos testes de colisão.

Falta de Segurança nos Modelos Argentinos

Além da frenagem autônoma, outros recursos como controle de cruzeiro adaptativo também não vão ser padrão nas versões mais básicas e vão se tornar opcionais nessas configurações. Pecchia justificou essa decisão dizendo que, com a experiência do T-Cross, apenas 20% a 30% dos clientes acabam pagando por esses recursos. Portanto, a VW decidiu ter opções no estoque com e sem esses itens, oferecendo mais liberdade para o comprador.

Quando questionado sobre a diferença em relação ao Brasil, onde esses sistemas vêm de série em todas as versões, Pecchia explicou que cada país tem suas regras e incentivos fiscais. Na Argentina, como não há exigências legais, preferiram oferecer os recursos de segurança apenas nas versões mais completas. Assim, o consumidor tem a escolha de pagar um pouco mais se quiser mais segurança.

A Estratégia da Volkswagen

Essa estratégia levanta uma questão importante: a VW decidiu não incluir todos os sistemas de segurança que já oferecem em outras partes do mundo, mesmo com o Tera sendo tecnicamente capaz disso. Apesar de tudo, a montadora espera vender entre 1.000 e 1.500 unidades por mês na Argentina no primeiro ano, colocando o Tera entre os três modelos mais vendidos da marca por lá em até três anos.

Pecchia acredita que o SUV pode atrair clientes de modelos como o Polo e o Nivus, mas vê espaço de sobra para todos no mercado.

Mudanças no Taos

E tem mais novidades! Pecchia confirmou que o Taos vai mudar sua nacionalidade. No fim do ano, ele vai deixar de ser produzido na Argentina e passará a ser importado do México. Essa mudança vem com uma reestilização que deve deixar o modelo ainda mais atraente. A VW anunciou um investimento considerável para fabricar a nova geração da Amarok na Argentina, mas o Taos foi considerado redundante, fazendo sentido para a montadora otimizar a produção.

Para quem gosta de carro, essas mudanças são sempre acompanhadas de expectativa. É bom ficar de olho nas novidades que vem por aí, não é?