
O cenário dos combustíveis automotivos está mudando, e há uma nova esperança para quem acredita na importância do etanol. Durante a comemoração do Dia Internacional do Biocombustível, o ministro indiano dos Transportes, Nitin Gadkari, expressou sua confiança no etanol, colocando a Índia na mesma linha que o Brasil nessa nova fase. Para nós, que vivemos cercados por esse combustível, essa tarifa pode soar como um sopro de alívio.
Nos últimos anos, a Índia já vinha aumentando a mistura de etanol na gasolina. Começou com 10% e, hoje, já é comum encontrar combustíveis com até 20%. A partir de 2025, todos os carros vendidos na Índia serão preparados para receber até 20% de etanol. A meta do governo agora é ainda mais audaciosa: misturas de até 30%, tipo E30, como fazemos aqui no Brasil. Isso não só ajuda a diminuir a dependência de combustíveis fósseis, como também ativa a economia agrícola, favorecendo os agricultores locais.
Os indianos, assim como nós, também estão percebendo que o etanol é uma rota viável para ficarem menos dependentes do petróleo importado. Segundo as autoridades, essa nova abordagem pode criar empregos verdes e apoiar a sustentabilidade.
### Brasil como exemplo
E não é à toa que o Brasil é uma referência! O ministro do Petróleo indiano, Hardeep Singh Puri, comparou a experiência do Brasil com a da Índia para argumentar que o uso do etanol é seguro. Ele lembrou que as montadoras que atuam na Índia também estão presentes no Brasil e nunca enfrentaram problemas devido à alta mistura de etanol. Essa autossuficiência nesse campo pode ser um bom caminho, especialmente com os planos indianos de investir também em hidrogênio verde.
E o mais interessante: existe até um Corolla flex que está circulando na Índia para demonstrações. Não é legal pensar que temos um pouco do nosso carro amado representando nosso modelo de sucesso em outro país?
### A corrida pela liderança automotiva
A Índia é um gigante. Com 1,4 bilhão de habitantes, ultrapassou a China e se tornou o país mais populoso do mundo. Hoje, é o terceiro maior mercado de automóveis, superando o Japão, e está se estabelecendo como auto fabricante de destaque. No ritmo atual, a produção de veículos na Índia pode saltar dos 6 milhões para 7,5 milhões até 2030. É uma força em crescimento!
O governo indiano quer ainda mais: tornar o país um polo automobilístico global até 2047. Para isso, estão revisando os impostos sobre importações, em especial para carros elétricos, buscando assim atrair novos fabricantes. É um movimento que faz lembrar o que já vivemos no Brasil.
Além disso, enquanto na China os elétricos dominam, na Índia o foco ainda é nos motores a combustão. Os veículos mais vendidos por lá são subcompactos, algo que nos mostra que, por enquanto, a fórmula de sucesso das fabricantes continua sendo a mistura de motores a combustível convencional com modelos menores.
### Olho na sustentabilidade
Os planos do governo têm um objetivo claro: a produção de etanol e biocombustíveis pode diminuir a poluição. A Índia, assim como o Brasil, está buscando formas de tornar a agricultura mais produtiva e sustentável, criando alternativas que beneficiem tanto a economia quanto o meio ambiente.
O futuro parece promissor, tanto para o etanol quanto para a agricultura. Essa conexão forte entre a produção agrícola e a indústria automotiva é uma sinergia que já vemos aqui no Brasil. Assim, sentimos uma conexão formativa com a Índia, que caminha para reformular seu próprio modelo.
Por fim, enquanto a Índia prepara o terreno para essa mudança, muitos motoristas brasileiros já sabem aqui como a manutenção dos biocombustíveis traz benefícios e pode transformar o nosso transporte a cada novo dia. A corrida por um futuro mais sustentável está apenas começando nas estradas de todo o mundo.