
O governo federal acaba de liberar 15 montadoras para importar veículos elétricos e híbridos desmontados. Isso significa que, por seis meses, elas poderão trazer esses carros sem pagar impostos, um incentivo que soma US$ 463 milhões – algo em torno de R$ 2,6 bilhões. Essa decisão entrou em cena após uma disputa entre a Anfavea e a BYD, uma gigante chinesa do setor, sobre tarifas para kits de montagem.
A Portaria Secex nº 420, publicada em 31 de julho de 2025, define que a alíquota para importações de automóveis elétricos e híbridos desmontados será zero, desde que respeitados os limites financeiros estabelecidos. Isso vai dar uma ajudinha extra para quem curte um carro amigo do meio ambiente, né?
Para quem não sabe, existem diferentes formas de montagem. No regime SKD (Semi Knocked Down), o carro vem quase pronto – como o Audi Q3, que chega da Europa praticamente montado, só precisando de um toque final aqui no Brasil. Já no CKD (Completely Knocked Down), o carro chega desmontado e precisa de um processo mais complexo, tipo o que acontece com os modelos BMW, como o Série 3 e o X1, que exigem soldagem e pintura.
Tendo isso em mente, a BYD está se preparando para abrir sua fábrica em Camaçari, na Bahia. E outras marcas, como a GWM, também estão com fábricas a caminho, já iniciando com kits importados. Tem ainda fabricantes que, mesmo sem fábrica própria, como Kia e Mercedes-Benz, podem aproveitar essa isenção. Vale lembrar que essa medida é temporária e vai até o fim de janeiro de 2026.
A pressão sobre esse tema aumentou depois que a Camex negou um pedido da BYD para reduzir tarifas de importação. Com essa negativa, o clima estava favorável para a Anfavea, que viu a rival receber apenas uma isenção por um curto período. No entanto, o presidente da Anfavea, Igor Calvet, deixou claro que este prazo de seis meses deve ser o suficiente para proteger investimentos já anunciados, que somam R$ 180 bilhões.
Ele também enfatizou que esperam que essa discussão se encerre e que não haja novas mudanças nas regras. Essa preocupação é compreensível, principalmente se considerarmos que tanto a indústria nacional quanto os empregos dependem de um ambiente estável.
Assim, por enquanto, tanto fabricantes tradicionais quanto novas empresas têm uma chance de se encaixar melhor no mercado brasileiro, o que pode proporcionar mais opções para a gente que ama estar ao volante.