
A gastrite é um problema que afeta milhares de brasileiros todos os anos, causando dores intensas e dificuldade na alimentação.
A gastrite representa um processo inflamatório que afeta a mucosa do estômago, podendo causar desconfortos variados como queimação, dor abdominal, náuseas e sensação de estômago cheio. Essa condição pode surgir de forma súbita ou se desenvolver aos poucos, evoluindo para um quadro crônico.
Diversos fatores influenciam no aparecimento ou agravamento do problema, incluindo alimentação inadequada, consumo excessivo de medicamentos, estresse e infecção pela bactéria Helicobacter pylori. Ou seja, para saber tratar é importante conhecer a causa.
Quando não tratada corretamente, a gastrite pode comprometer a qualidade de vida e até gerar complicações mais sérias. Por isso, entender o que agrava essa condição e o que deve ser evitado torna-se fundamental para quem busca alívio e controle dos sintomas.
Neste artigo, você confere:
6 hábitos que pioram a gastrite
A rotina moderna, marcada por pressa, estresse e má alimentação, favorece o aparecimento e o agravamento da gastrite. Mesmo quem já iniciou tratamento pode comprometer a recuperação se mantiver determinados comportamentos que irritam o estômago ou estimulam a produção de ácido.
Alguns hábitos, embora pareçam inofensivos, causam desequilíbrios importantes e dificultam a cicatrização da mucosa estomacal. Ao identificar essas práticas e eliminá-las do dia a dia, o paciente melhora significativamente a resposta ao tratamento e reduz as chances de recorrência da doença.
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Pular refeições
Ficar longos períodos em jejum provoca acúmulo de ácido no estômago, o que agride ainda mais a mucosa inflamada. Esse hábito comum em rotinas agitadas aumenta a produção de suco gástrico sem que haja alimento para neutralizá-lo, causando dor e desconforto.
Além disso, quando a pessoa finalmente se alimenta, tende a exagerar na quantidade ou escolher opções menos saudáveis. Para quem tem gastrite, manter uma frequência regular nas refeições ajuda a estabilizar a acidez e proteger o estômago.
Consumir álcool com frequência
O álcool irrita diretamente a parede do estômago, agravando inflamações já existentes. Mesmo em pequenas quantidades, bebidas alcoólicas dificultam o processo de cicatrização e estimulam a produção de ácido clorídrico.
Quando o consumo é frequente, o risco de gastrite crônica aumenta consideravelmente, assim como a possibilidade de outras lesões gástricas. Por isso, eliminar ou reduzir ao máximo a ingestão de álcool é uma medida essencial para quem convive com a gastrite.
Usar anti-inflamatórios sem prescrição
Muitos medicamentos anti-inflamatórios, especialmente os de uso contínuo ou indiscriminado, causam irritações importantes no trato gastrointestinal. Substâncias como ibuprofeno, diclofenaco e outros do mesmo grupo comprometem a barreira protetora do estômago, facilitando o surgimento de lesões.
Sem orientação médica, o uso prolongado desses remédios pode piorar a inflamação, levar a úlceras e aumentar o desconforto. Portanto, é fundamental evitar a automedicação e sempre buscar orientação profissional.
Fumar
O cigarro afeta a produção de muco protetor do estômago e favorece a ação de ácidos sobre a mucosa, dificultando a regeneração dos tecidos lesionados. Além disso, fumar reduz a eficácia dos medicamentos usados no tratamento da gastrite, comprometendo a recuperação.
A presença da Helicobacter pylori, uma das principais causas da doença, também se agrava com o uso do tabaco. Abandonar o cigarro contribui não só para a saúde do estômago, mas também para o equilíbrio geral do organismo.
Comer rápido demais
Alimentar-se com pressa, sem mastigar bem os alimentos, prejudica a digestão e sobrecarrega o estômago. Esse hábito provoca fermentação excessiva, aumento da produção de gases e acúmulo de acidez, o que intensifica os sintomas da gastrite.
Além disso, a falta de atenção durante as refeições dificulta a percepção de saciedade e pode levar ao consumo exagerado de alimentos irritantes. Comer com calma, mastigar bem e prestar atenção no que se consome ajuda a evitar crises e melhora o aproveitamento dos nutrientes.
Exagerar no café
O café estimula a secreção de ácido gástrico, podendo agravar a inflamação em pessoas com gastrite. Consumido em excesso ou em jejum, o efeito irritante da cafeína torna-se ainda mais prejudicial. Mesmo os cafés descafeinados podem conter substâncias que afetam a mucosa estomacal.
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5 alimentos para evitar se você tem gastrite
Manter uma alimentação adequada ajuda significativamente a reduzir os sintomas da gastrite e a promover a cicatrização da mucosa estomacal. Ao mesmo tempo, certos alimentos intensificam o processo inflamatório e devem ser evitados. Veja quais são os principais vilões na dieta:
- Frituras e alimentos gordurosos: Esses alimentos dificultam a digestão, aumentam o tempo de esvaziamento gástrico e elevam a produção de ácido, provocando queimação e desconforto.
- Refrigerantes e bebidas com gás: O gás presente nessas bebidas distende o estômago, aumentando a sensação de estufamento e incentivando o refluxo, além do excesso de açúcar ou adoçantes.
- Molhos industrializados e temperos fortes: Produtos como ketchup, mostarda e pimenta contêm conservantes e aditivos químicos que irritam a mucosa gástrica e podem desencadear crises.
- Doces com alto teor de açúcar: Bolos, chocolates e balas provocam fermentação e aumentam a produção de acidez, interferindo diretamente no equilíbrio digestivo.
- Cítricos e sucos ácidos: Frutas como laranja, limão, abacaxi e maracujá, além de seus sucos, aumentam a acidez do estômago e devem ser consumidos com moderação ou evitados em fases de crise.
Ao combinar bons hábitos com uma alimentação cuidadosa, quem convive com gastrite pode controlar os sintomas, evitar complicações e manter uma rotina mais leve e saudável.
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