
As distribuidoras de energia elétrica no Brasil planejam investir R$ 46,8 bilhões em 2025, conforme dados do Plano de Desenvolvimento da Distribuição (PDD), divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Este valor representa um aumento de 40,9% em relação aos R$ 33,2 bilhões investidos em 2024, estabelecendo um novo recorde para investimentos anuais no setor.
Entre 2021 e 2024, o total investido pelas distribuidoras chegou a R$ 111,9 bilhões, sendo 2024 o ano com os maiores gastos até agora, superado agora pela previsão para 2025. A Aneel também informou que 92 das empresas reguladas enviaram seus dados para a atualização do plano, enquanto oito distribuidoras que não enviaram essas informações estão sendo monitoradas por órgãos de fiscalização da agência.
### Aumento da Rede Elétrica
Do total de investimentos previstos para 2025, R$ 30,4 bilhões serão destinados à expansão da rede elétrica. Esse recurso será utilizado para atender ao crescente número de consumidores e para novas ligações. Além disso, R$ 10,4 bilhões serão aplicados em melhorias que visam aumentar a qualidade do serviço e a confiabilidade do sistema. Os últimos R$ 6 bilhões deverão ser usados na renovação de equipamentos que atingiram o fim de sua vida útil.
Um destaque entre os programas de investimento é o Luz para Todos, que visa universalizar o acesso à energia elétrica. Para esse programa, serão alocados R$ 3,8 bilhões ao longo do ano.
### Principais Distribuidoras
A Cemig, de Minas Gerais, está na liderança dos investimentos, com um aporte planejado de R$ 4,99 bilhões. Em segundo lugar, está a Coelba, da Bahia, com R$ 3,5 bilhões. Ambas as empresas são responsáveis por uma vasta área de cobertura em território nacional.
Ainda segundo a Aneel, entre 2025 e 2029, as distribuidoras de energia têm uma projeção de investimento total de R$ 235,69 bilhões. O ano com maior gasto previsto é 2027, estimando mais de R$ 52,4 bilhões. Ao longo desse período, R$ 144,7 bilhões serão destinados à expansão da rede, R$ 58,5 bilhões para melhorias e R$ 32,45 bilhões para renovação de equipamentos.
Esses investimentos são cruciais para garantir um fornecimento de energia mais eficiente e acessível a toda a população brasileira, acompanhando o crescimento da demanda por energia elétrica no país.