
No dia 28 de junho, o corpo de Vano Nadiradze, um voluntário georgiano que lutou ao lado da Ucrânia, chegou ao aeroporto de Tbilisi. Nadiradze, de 55 anos, faleceu no último fim de semana, aparentemente de um infarto. Ele é conhecido por seu apoio ativo à Ucrânia durante o conflito com a Rússia.
Diferente de outras ocasiões em que voluntários georgianos mortos em combate receberam honras devidas, o caixão de Nadiradze não foi recebido por uma guarda de honra, o que gerou controvérsias e discussões sobre o respeito e o reconhecimento devido aos voluntários. A falta de uma cerimônia formal foi notada tanto pela imprensa local quanto pela comunidade que acompanhava a situação.
No aeroporto, a recepção foi realizada apenas por familiares, amigos e cidadãos que se solidarizaram com a dor da perda. Essa situação levanta questões sobre como os voluntários da Geórgia são percebidos e tratados ao retornarem para casa após lutarem em guerras fora do país.
A situação se tornou ainda mais tensa ao notar que o Ministério da Defesa da Geórgia não se pronunciou sobre o episódio, o que deixou muitos se perguntando sobre a postura do governo em relação a esses heróis que arriscam suas vidas em apoio a outros países.
Nadiradze, que lutou nas fileiras do Serviço de Segurança da Ucrânia desde o início da guerra em grande escala, também era uma figura midiática, utilizando sua plataforma para informar o público georgiano sobre os desdobramentos do conflito russo-ucraniano. Ele chegou a ser condenado à revelia na Rússia a 14 anos de prisão sob acusação de ser mercenário.
A recepção ao corpo de Nadiradze destaca as dificuldades enfrentadas pelos voluntários georgianos e a necessidade de um debate mais amplo sobre reconhecimento e apoio a essas figuras que se dispõem a agir em defesa de outras nações.