
A jornalista Eliane Cantanhêde causou polêmica ao comentar sobre a situação no Oriente Médio, especificamente a situação entre Israel e o Irã. Durante uma transmissão, ela afirmou que “tem uma mortezinha daqui, outra dali”, ao referir-se aos mísseis iranianos em Israel. Enquanto isso, ela mencionou que as armas israelenses estão “destruindo Gaza” e matando muitas pessoas.
O impacto de suas palavras gerou surpresa e questionamentos sobre o seu tom. A partir de uma análise repetida do vídeo, muitos se perguntaram se Cantanhêde realmente pensava dessa maneira. É importante lembrar que a jornalista já havia provocado debates antes ao afirmar que “desqualificar e atacar políticas públicas é crime”. Essa frase, assim como suas declarações atuais, traz à tona discussões sobre a responsabilidade ao tratar de assuntos sensíveis como guerras e tragédias humanas.
Diante da repercussão, Cantanhêde se manifestou em duas postagens no Twitter. Inicialmente, ela defendeu seu papel como analista de geopolítica e condenou o antissemitismo, afirmando que não lamenta “poucas mortes em qualquer guerra”. No entanto, essa defesa foi seguida de uma explicação que, em vez de esclarecer, complicou ainda mais a situação ao sugerir que seu comentário buscava destacar diferenças entre o poder de destruição do Irã e de Israel.
Após três horas, a jornalista fez uma nova postagem reconhecendo que sua fala foi mal interpretada. Ela pediu desculpas, afirmando que suas palavras não refletiram seu verdadeiro pensamento. Essa mudança de postura indica uma tentativa de corrigir a confusão gerada por suas declarações.
É importante avaliar que, apesar da comoção gerada, não se pode considerar Eliane Cantanhêde uma “monstra”. No entanto, a situação levanta questionamentos sobre a responsabilidade e a liberdade de expressão de figuras públicas. A reflexão sobre erros de comunicação deve ser feita de forma ampla, incluindo outras figuras que, assim como Cantanhêde, podem ter se expressado de maneira equivocada e enfrentado reações.
O chamado à responsabilidade na escolha das palavras é essencial para todos, e isso vale tanto para a esquerda quanto para a direita. A reflexão é relevante especialmente em tempos em que as declarações de figuras públicas geram reações intensas e polarizadas. O contexto da mídia e a maneira como as informações são apresentadas influenciam a percepção do público.
Além disso, é interessante lembrar que Eliane Cantanhêde já foi vista como “aliada” durante momentos políticos em que suas opiniões eram favoráveis ao antipetismo e à Lava Jato. A simpatia por suas palavras naquela época contrastava com as reações atuais, onde suas afirmações são vistas com ceticismo e crítica por parte de diferentes segmentos da sociedade. Essa mudança de percepção ilustra como o ambiente político pode afetar a recepção de opiniões e declarações, levando a uma reflexão necessária sobre a responsabilidade de cada um ao se comunicar em espaços públicos.