
O dólar teve um aumento em seu valor no mercado local durante a tarde desta sexta-feira, fechando com uma alta de 0,44%, cotado a R$ 5,5249. Ao longo do dia, a moeda americana atingiu a máxima de R$ 5,5274. Apesar dessa alta, ao longo da semana, o dólar acumulou uma queda de 0,30% e, em junho, a desvalorização chega a 3,40%.
Embora não tenha sido identificado um motivo específico para o aumento do dólar nesta sexta, operadores de mercado comentaram que isso pode estar relacionado a ajustes após um período recente de valorização do real. Além disso, muitos investidores têm adotado uma postura mais cautelosa na véspera do fim de semana. O clima de instabilidade internacional, especialmente com o aumento das tensões entre Irã e Israel, também contribui para a cautela. Durante uma reunião no Conselho de Segurança da ONU, os dois países trocaram acusações. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que tomará uma decisão sobre a participação dos EUA no conflito nas próximas duas semanas, reiterando que “não podemos deixar o Irã ter armas nucleares”.
A desvalorização do real vem acontecendo em um contexto de fortalecimento do dólar em relação a outras moedas emergentes e países que exportam commodities, com destaque para o peso mexicano. Embora o dólar tenha subido em relação à maioria das divisas emergentes, ele caiu em comparação ao euro. O índice que mede a força do dólar, conhecido como DXY, fechou em queda de 0,20%, cerca de 98,700 pontos, mas, ao longo da semana, teve uma alta de quase 0,70%.
Além disso, membros do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, apresentaram opiniões divergentes sobre a política monetária. Christopher Waller, um dos diretores, comentou que a instituição está pronta para discutir possíveis cortes de juros. Em contrapartida, o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que não há urgência para relaxar as políticas monetárias, dado que ainda existem riscos de aumento da inflação devido a tarifas comerciais.
Os próximos dias serão observados com atenção, pois muitas questões econômicas e geopolíticas podem influenciar o mercado financeiro, tanto interno quanto externo.