Médica é denunciada por “fingir” que pacientes tinham câncer apenas para “lucrar”

A Polícia Civil do Paraná está conduzindo uma investigação envolvendo a médica Carolina Biscaia Carminatti, acusada por 22 pacientes de emitir falsos diagnósticos de câncer de pele na cidade de Pato Branco.

As denúncias apontam para a realização de procedimentos cirúrgicos desnecessários e particulares, supostamente orientados pela profissional, que não possui especialização em dermatologia. Estima-se que a médica tenha lucrado mais de R$ 100 mil com tais práticas.

Médica é denunciada por fingir que pacientes tinham câncer apenas para lucrar | Imagem via Redes Sociais

Denúncias e procedimentos questionáveis

Até o momento, 18 vítimas prestaram depoimentos, relatando terem sido orientadas a se submeter a procedimentos cirúrgicos urgentes, não cobertos por planos de saúde, após receberem diagnósticos de câncer de pele. Esses diagnósticos, no entanto, foram posteriormente contestados por outros profissionais, indicando que os laudos apresentados diferiam dos originais.

Uma paciente, que preferiu não se identificar, detalhou sua experiência, na qual foi aconselhada a realizar uma biópsia imediatamente devido a suspeitas de melanoma, resultando em gastos de R$ 2 mil inicialmente e, posteriormente, mais R$ 3 mil para um segundo procedimento. Essas suspeitas foram desmentidas após uma segunda consulta médica, levando-a a denunciar o caso.

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Impacto emocional e financeiro

Os relatos destacam não apenas o prejuízo financeiro sofrido pelos pacientes mas também o impacto emocional decorrente da crença de estarem lidando com uma doença grave e potencialmente fatal. O delegado Helder Andrade, responsável pela investigação, enfatizou o dano emocional como um dos aspectos mais graves das ações da médica.

Respostas oficiais e andamento das investigações

Enquanto o caso continua sob investigação, com Carolina Biscaia Carminatti podendo ser indiciada por estelionato, lesões corporais e falsificação de documento particular, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) também abriu um procedimento para investigar possíveis desvios éticos.

A defesa da médica, por sua vez, nega as acusações e alega a ausência de provas formais contra ela. O advogado Valmor Weissheimer expressou confiança na inocência de sua cliente, enfatizando que a verdade prevalecerá.

Este caso ressalta a importância da vigilância tanto por parte dos pacientes quanto das autoridades regulatórias e policiais, no que diz respeito à conduta ética e profissional de médicos. Enquanto as investigações prosseguem, a comunidade de Pato Branco e o setor médico aguardam resoluções claras e justas para as partes envolvidas.

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