Calor intenso e escassez de chuvas em MS nos próximos meses

Mato Grosso do Sul enfrentará um último trimestre de 2023 com chuvas abaixo da média, de acordo com as previsões do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec). Na manhã de terça-feira (7), a meteorologista Valesca Rodrigues apresentou um panorama climático durante uma reunião de gestão de crises, realizada na Sala de Guerra do Estado.

Conforme a meteorologista, as condições climáticas neste período serão influenciadas pelo fenômeno conhecido como El Niño. Esse fenômeno, que afeta o clima em várias partes do mundo, terá um impacto mais significativo no extremo sul do estado. O aumento das temperaturas e a seca também trazem um elevado risco de incêndios, especialmente entre os dias 6 e 11 de outubro, quando as condições estejam mais favoráveis para a ignição de focos de fogo.

Durante a apresentação, Valesca destacou que, apesar de os modelos não indicarem um atraso no início das chuvas, a região sul terá uma probabilidade menor de incêndios em comparação com outras áreas do estado, que continuam em atenção. Além disso, as temperaturas devem permanecer acima da média histórica em todo Mato Grosso do Sul durante esse período.

Carlos Alberto de Assis, diretor-presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems), ressaltou a importância do trabalho em conjunto entre diferentes órgãos para mitigar os impactos das mudanças climáticas nos serviços essenciais, como energia e abastecimento de água. Ele enfatizou que até mesmo a interrupção breve no fornecimento de energia pode gerar complicações significativas na vida da população.

Eventos climáticos têm se intensificado na região, com ocorrências diárias. Um exemplo disso foi a forte chuva que atingiu Dourados no dia anterior, resultando na queda de árvores e outros danos. Durante a reunião, representantes de várias instituições discutiram estratégias para monitorar e responder aos efeitos dessas mudanças climáticas.

Hugo Djan, coordenador-geral da Defesa Civil, também participou do encontro e confirmou que os desastres climáticos ocorrem ao longo do ano, embora com variações na intensidade. Ele ainda destacou que, apesar desses desafios, Mato Grosso do Sul se mantém como um dos melhores estados para se viver.

As autoridades permanecem atentas e continuam a unir esforços para garantir a segurança e o bem-estar da população, enquanto se aproximam os meses mais quentes e secos do ano.