Comitê solicita assembleia urgente de credores do Paraná Clube

Na última sexta-feira, 19 de maio, o Comitê de Credores do Paraná Clube apresentou um novo documento, com 21 páginas, que contém um aditivo ao plano de recuperação judicial do clube. Para que esse aditivo seja analisado e possivelmente aprovado, o comitê solicitou de forma urgente a convocação de uma assembleia com os credores do Tricolor.

De acordo com o texto do documento, o aditivo tem como objetivo “alinhar interesses comuns dos credores e do Paraná Clube” e busca “trazer melhorias, com a maximização dos ativos, atração de investidores e previsibilidade de venda de ativos e pagamento de credores”.

No início deste ano, a dívida do Paraná Clube com os credores era de R$ 132.197.133,11. Além desse montante, o clube também enfrenta uma dívida fiscal de R$ 59.788.878,20, referente a tributos federais, e uma dívida de R$ 39.563.144,95 com o Banco Central.

O documento também revela a divisão do grupo de credores em categorias, especificando como e quando cada um deles será pago. Isso traz maior clareza sobre a situação financeira do clube e as obrigações com diferentes credores.

Outro ponto destacado no documento é a venda da sede da Kennedy. O clube precisa tomar medidas para que essa venda se concretize, o que depende de uma nova legislação a ser aprovada pela câmara de vereadores. O texto afirma que “o Paraná Clube se obriga a promover todos os atos necessários, úteis e adequados, com diligência, iniciativa e boa-fé, para negociar um projeto de lei municipal que reconheça a efetivação da doação e exclua as cláusulas de impenhorabilidade e inalienabilidade do imóvel”.

Um dos objetivos tanto dos credores quanto do Paraná Clube é conseguir a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), para que os recursos obtidos possam ser usados para pagar as dívidas dos credores e auxiliar na operação do clube. A SAF Paraná foi criada em 15 de junho de 2022, mas até o momento não houve avanços significativos em relação a esse tema.

A situação do Paraná Clube permanece desafiadora, especialmente considerando que o clube não está em atividade desde fevereiro deste ano. Com a proposta de recuperação judicial, há esperança de que novas medidas possam trazer um fôlego financeiro e possibilitar um retorno às atividades regulares.