
Morte de Zarhará Hussein Tormos: Quase sete meses após o crime
Em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, o caso da estudante Zarhará Hussein Tormos, encontrada morta em seu carro no dia 28 de fevereiro, continua a gerar repercussões. A jovem estava com as mãos e pernas amarradas e apresentava ferimentos por arma de fogo. Um casal, Pâmela da Silva de Campos e Bruno Martini Vieira, foi preso como suspeito do homicídio. O crime ainda está envolto em mistério, sem uma motivação clara e definitiva.
Casos de ciúmes e inveja profissional
Investigadores apontam que ciúmes e inveja profissional podem estar entre as razões que levaram à morte de Zarhará. Apesar dessa possibilidade, o inquérito policial não conseguiu estabelecer uma motivação específica até o momento.
Pâmela, que é esteticista, e seu namorado Bruno foram detidos no final de março, após denúncias do Ministério Público. Neste momento, eles aguardam julgamento e a decisão sobre um possível júri popular.
Cronologia do crime
Na sequência dos eventos que antecederam o crime, Zarhará buscou proteção na delegacia local em novembro, alegando estar sendo perseguida por seu ex-namorado. O delegado responsável, Marcelo Pereira Dias, revelou que, em janeiro, ela começou a receber ameaças de morte. Mensagens recebidas e uma pichação em sua casa, que mencionava a palavra "marmita", levantaram hipóteses sobre um possível envolvimento dela com um homem casado. No entanto, essa versão não foi confirmada por amigos e familiares próximos.
Zarhará registrou um boletim de ocorrência por ameaça em janeiro, pensando que seu ex-namorado seria o autor das mensagens. Depois de uma investigação, ficou comprovado que ele não estava envolvido.
Desaparecimento e descoberta do corpo
O último sinal de vida de Zarhará foi registrado em câmeras de segurança no dia 26 de fevereiro, quando ela deixou a faculdade. Os horários de movimento dos veículos nas proximidades foram analisados pela polícia, revelando a presença do carro de Pâmela em locais-chave antes e depois do crime.
No dia 28 de fevereiro, a mãe de Zarhará registrou seu desaparecimento. O corpo foi encontrado em uma lavoura próximo da cidade, com sinais evidentes de assassinato. A necropsia confirmou a causa da morte como disparos de arma de fogo.
Provas e envolvimento dos suspeitos
A policial detalhou que as investigações levaram à prisão de Pâmela e Bruno através de evidências como digitais encontradas no veículo. O celular que enviou as ameaças estava vinculado a Pâmela, e seu dispositivo de tornozeleira eletrônica também forneceu informações relevantes sobre sua localização no dia do crime.
Bruno, que tentava se eximir de responsabilidade, apresentou uma versão que foi contradita pelos indícios de movimentação e comunicação entre ele e Pâmela após o crime. Provas sugerem que ele pode ter tido conhecimento prévio sobre o que ocorreu, uma vez que mensagens entre o casal indicavam conversas sobre rastreamento de dispositivos da vítima.
Relação entre Pâmela e Zarhará
A rivalidade entre Pâmela e Zarhará também é uma linha importante na investigação. Zarhará, uma influenciadora digital, promovia os serviços de estética de Pâmela, mas a situação se tornou tensa. Conversas reveladas pela polícia mostram que já havia desentendimentos entre elas. Pâmela, que enfrentava dificuldades pessoais e havia tentado aumentar sua popularidade, pode ter se sentido ameaçada pelo sucesso da colega.
O que vem a seguir?
No momento, o processo judicial se encontra na fase final de instrução, onde todas as evidências estão sendo analisadas. As partes envolvidas devem apresentar suas alegações finais, o que poderá levar à definição de como o caso prosseguirá.
Continua a busca pelas ferramentas, como o celular e o notebook de Zarhará, que são consideradas cruciais para entender completamente as motivações por trás do crime.