
No final de 2023, a Renault apresentou a nova geração do Duster na Europa, mas disse claramente que o modelo não viria para a América do Sul. Naquele momento, já havia rumores sobre um novo SUV brasileiro, que hoje conhecemos como Boreal. A ideia é que ele tenha um posicionamento mais sofisticado e entre no segmento dos SUVs médios.
Recentemente, um flagra feito por @lucas_perseghetti e compartilhado pelos nossos amigos do @placaverde mostrou um protótipo da nova geração do Duster rodando em Valinhos, interior de São Paulo. Isso levanta a dúvida: qual será o propósito desse teste por aqui?
Mesmo com o anúncio do não lançamento do Duster no Brasil, a Renault precisa de um modelo entre o Kardian, que vende entre R$ 112.690 e R$ 145.990, e o Boreal, que promete ficar na casa dos R$ 200 mil. Essa lacuna é bem grande, e atualmente o Duster nacional, lançado em 2020, está ocupando esse espaço.
Com a chegada de dois novos modelos no mercado, fica difícil justificar os preços de um Duster que já está um pouco ultrapassado. Ele utiliza uma plataforma antiga, diferente da que será usada pelo Boreal e até mesmo pela nova picape da marca. A plataforma RGMP, que a Renault pretende adotar, coloca o Duster na corda bamba.
É interessante notar que, apesar de o Duster ser considerado um modelo mais antigo, ele ainda é comercializado em várias partes do mundo, inclusive em países da América do Sul, como a Colômbia. A linha Duster possui uma história significativa e pode ser vista como um modelo icônico da marca. O novo Duster europeu, por exemplo, mede 4.343 mm de comprimento, 1.810 mm de largura e possui um porta-malas capaz de comportar até 472 litros — perfeito para quem ama mais espaço e conforto no dia a dia.
### Possibilidade de Híbrido no Brasil
Há também a chance de que essa nova versão seja uma mule para motores eletrificados que chegarão à região. Usando a mesma base do Boreal e do Kardian, a homologação ficará mais simples.
Lá fora, o Duster oferece uma configuração híbrida chamada E-Tech, com um motor 1.6 a gasolina e um propulsor elétrico. Também existe uma versão mais acessível com um motor 1.2 TCe turbo, que poderia dar uma pista de como a Renault vai integrar a tecnologia elétrica nos motores 1.3 turbo, já presente na atual geração do Duster que circula por aqui.
Assim, quem sabe a gente não veja um Duster renovado pelas nossas estradas em breve? Seja para uma troca de motor ou um modelo que promete mais espaço e conforto, é sempre bom ficar de olho nas novidades que vêm por aí.