
Nesta quinta-feira, 10 de outubro, o Ibovespa, índice mais importante da Bolsa de Valores do Brasil, registrou uma queda de 0,54%, fechando aos 136.743,26 pontos. O volume total de negociações foi de R$ 26,3 bilhões, o que representa o menor fechamento do índice desde 25 de junho.
A queda do índice foi impulsionada pela crescente aversão ao risco no mercado, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que aplicará uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. Essa decisão gerou preocupações sobre possíveis retaliações entre os dois países, aumentando a incerteza entre os investidores, especialmente aqueles com negócios mais vulneráveis ao mercado norte-americano.
Até agora, na semana, o Ibovespa já apresenta uma desvalorização de 3,11%, e acumula uma queda de 1,52% no mês. No entanto, ao longo do ano, o índice ainda mostra uma valorização de 13,68%.
### Destaques do Ibovespa
Apesar da queda geral, algumas ações conseguiram se destacar. As ações da Vale tiveram um desempenho positivo, subindo 2,29%. A Petrobras também ajudou a conter as perdas, mostrando um pequeno aumento de 0,17% nas ações ordinárias, enquanto as preferenciais caíram 0,25%. Já as ações dos bancos enfrentaram recuos, com o Itaú caindo 3,08% e o Banco do Brasil perdendo 1,12%.
As maiores altas do dia ficaram por conta da Marfrig, que subiu 6,38%, seguida pela CSN, com aumento de 5,04%, e a CSN Mineração, que teve uma alta de 2,99%. Em contrapartida, as ações da Embraer caíram 3,70%, a Cosan teve uma queda de 3,03% e a B3 registrou uma desvalorização de 2,83%.
### Fluxo estrangeiro se mantém positivo
Apesar do cenário de incerteza política e econômica, o fluxo de capital estrangeiro na Bolsa brasileira se mantém positivo. Analistas como Felipe Moura, da Finacap, comentam que a decisão de Trump pode ser parte de uma estratégia comum de negociação. Ele sugere que, frequentemente, medidas mais severas são anunciadas inicialmente para que, posteriormente, acordos com condições mais favoráveis possam ser alcançados.
O cenário continua a ser observado de perto pelos investidores, que buscam entender as possíveis consequências das decisões políticas internacionais sobre a economia brasileira.