Alguns cursos superiores estão crescendo no conceito do mercado, ganhando cada vez mais destaque entre outros que ficam para trás.
Investir em cursos superiores transformou-se, ao longo dos anos, em um dos principais caminhos para alcançar estabilidade financeira, ascensão social e inserção qualificada no mercado de trabalho. Com a competitividade cada vez mais acirrada, o diploma de graduação passou a ser uma exigência.
Além disso, um curso superior oferece mais do que apenas conhecimento técnico: ele promove a construção de habilidades críticas, sociais e comunicativas, cada vez mais valorizadas por empregadores de diversos setores. Apesar disso, obter esse título não garante, por si só, o sucesso profissional imediato.
Diversos fatores influenciam a trajetória dos recém-formados, como a escolha do curso, a qualidade da formação e a capacidade de adaptação às exigências do mercado. Portanto, compreender os caminhos da empregabilidade após a graduação é essencial para tomar decisões conscientes sobre o futuro.

Neste artigo, você confere:
Empregabilidade no Brasil é desafiadora após formação em cursos superiores
No Brasil, a relação entre cursos superiores e inserção no mercado de trabalho revela um cenário de contrastes. Embora o diploma ainda seja um passaporte para melhores oportunidades, nem todos os egressos conseguem emprego logo após a formatura.
Segundo dados recentes da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), cerca de 69% dos recém-formados conquistaram uma vaga no mercado em até um ano. Esse número, embora expressivo, aponta também que mais de 30% dos graduados enfrentam dificuldades no mercado.
Isso revela que apenas concluir o curso não é suficiente — é necessário alinhar-se às demandas e tendências de cada setor. A empregabilidade depende diretamente da capacidade do profissional em adaptar-se às constantes transformações do mercado.
Para se manter competitivo, é indispensável aprimorar habilidades técnicas e comportamentais. Isso inclui aprender novas tecnologias, desenvolver competências emocionais e manter uma postura de aprendizagem contínua.
Cursos superiores que integram esses elementos ao currículo tendem a oferecer mais chances de inserção rápida no mercado. Nesse contexto, algumas áreas se destacam com taxas de empregabilidade muito acima da média nacional, mostrando que a escolha do curso é fator determinante.
Durante o período da pandemia, um novo retrato da empregabilidade surgiu. Setores como Tecnologia da Informação (TI), Engenharia, Saúde e Direito mostraram forte capacidade de absorção de novos profissionais. O destaque ficou para a área de TI, que registrou um índice de 82% de contratação.
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Quais cursos superiores são garantia de emprego?
Com base em dados levantados pelo Instituto Semesp, em parceria com a Simplicity, é possível identificar quais áreas oferecem maiores chances de contratação. A seguir, apresentamos as carreiras com melhores índices de empregabilidade, incluindo as médias salariais estimadas no início da carreira.
Medicina
Médicos exercem atividades fundamentais na promoção da saúde, diagnóstico de doenças e prescrição de tratamentos. De acordo com a pesquisa, 100% dos egressos atuavam na área no momento do levantamento, se mostrando um índice de sucesso.
Essa empregabilidade total mostra que o curso é um dos mais seguros em termos de retorno profissional. A média salarial inicial gira em torno de R$ 8.000, podendo ultrapassar os R$ 15.000 conforme a especialização escolhida pelo estudante.
Engenharia da Computação
Os engenheiros da computação desenvolvem sistemas, softwares e soluções tecnológicas aplicadas em diversas indústrias. Com índice de 92,6% de empregabilidade, a profissão se destaca pela versatilidade e alta demanda. A média salarial no início da carreira varia entre R$ 4.500 e R$ 7.000.
Ciência da Computação
Profissionais formados nessa área criam algoritmos, gerenciam bancos de dados e desenvolvem programas computacionais. A pesquisa revelou que 90,5% desses egressos estavam empregados na área. Os salários iniciais geralmente começam em R$ 4.000, mas aumentam rapidamente.
Farmácia
Farmacêuticos trabalham no desenvolvimento, produção e distribuição de medicamentos. O índice de empregabilidade é de 79,3%, mostrando boa inserção no setor da saúde. Os salários iniciais ficam entre R$ 3.500 e R$ 5.000, dependendo do local de atuação e do tipo de indústria.
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Odontologia
Dentistas prestam cuidados com a saúde bucal, realizando desde limpezas até procedimentos cirúrgicos. Com 78,9% dos profissionais empregados, a carreira mantém alta demanda. A média salarial inicial é de R$ 4.500, podendo crescer conforme a clientela se consolida.
Fisioterapia
Fisioterapeutas atuam na recuperação de pacientes com limitações físicas, usando técnicas específicas de reabilitação. A empregabilidade registrada foi de 64,4%. Os salários variam entre R$ 2.500 e R$ 4.000 no início da carreira, com amplas possibilidades de crescimento.
Arquitetura e Urbanismo
Esses profissionais projetam edificações, organizam espaços urbanos e trabalham com sustentabilidade. O índice de empregabilidade é de 63,5%, mostrando boa aceitação no mercado. Os salários iniciais giram em torno de R$ 3.000, com variações conforme a região e o tipo de projeto.
Psicologia
Psicólogos atuam no cuidado da saúde mental, oferecendo acompanhamento terapêutico individual ou institucional. Com 61,1% dos formados empregados, o curso mantém relevância social. O salário inicial costuma variar entre R$ 2.500 e R$ 4.000, dependendo do setor de atuação.
Publicidade e Propaganda
Profissionais da área desenvolvem campanhas de comunicação e estratégias de marketing. A empregabilidade foi de 60,5%, evidenciando um mercado competitivo, mas promissor. A média salarial inicial é de R$ 2.800, com possibilidade de ganhos maiores em agências ou no setor digital.
Contabilidade
Contadores gerenciam informações financeiras e prestam serviços essenciais para empresas e instituições. O estudo indicou 60,5% de empregabilidade. A média salarial inicial está entre R$ 3.000 e R$ 4.500, com potencial de crescimento em escritórios ou no setor corporativo.
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